segunda-feira, 24 de março de 2014

A primeira viagem missionária de Paulo

E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Bamabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado (At 13:2)

At 13:1-3, 5, 13, 48-52; 14:5-7, 19-28; 15:1-4


Muitos cristãos gostam de analisar e debater as verdades bíblicas, tal como fizeram os efésios quando receberam a carta de Paulo. Nós, porém, fomos habilitados como ministros da nova aliança, que é do Espírito que dá vida (2 Co 3:6). Assim, quando usamos o nosso espírito para ler as epístolas de Paulo, nós ganhamos vida.

Anteriormente, vimos que Paulo foi estabelecido por Deus como apóstolo aos gentios e, por esse motivo, foi especialmente preparado pelo Senhor. Para que pudesse obter a revelação da economia neotestamentária de Deus, Paulo foi arrebatado ao terceiro céu (2 Co 12:1-4). Depois disso, ele ainda serviu ao Senhor por um período de tempo em Damasco. Como ainda era muito forte em suas opiniões, provocando a ira dos judeus que queriam matá-lo, ele foi encaminhado pelos irmãos primeiramente para Jerusalém e depois para Tarso, sua cidade natal. Não sabemos quanto tempo ficou lá, porém Barnabé se lembrou dele e o buscou para juntos servirem em Antioquia, onde o Espírito estava fazendo algo totalmente novo.

Enquanto oravam e serviam na igreja em Antioquia com outros profetas e mestres, Paulo e Barnabé foram separados pelo Espírito. Para sua primeira viagem o jovem João Marcos os acompanhou, mas por causa das muitas dificuldades e perseguições (At 13:50; 14:5-7, 19) ele retornou a Jerusalém (13:13). Paulo e Barnabé, contudo, prosseguiram com a pregação do evangelho e muitos foram salvos nas regiões de Antioquia, Derbe e Icônio, onde igrejas foram levantadas (vs. 12, 42-43; 14:20-23). Podemos inferir que, nessa primeira viagem, Paulo e Barnabé oraram muito para receber a orientação do Espírito Santo e que o saldo dessa viagem foi muito positivo.

Depois disso, Atos 15 nos relata que os irmãos de Jerusalém, onde havia muitos fariseus convertidos, queriam impor às novas igrejas que, além de crerem no Senhor Jesus, praticassem a lei e a circuncisão. Depois que o problema foi resolvido por meio da elaboração de uma carta contendo algumas instruções, as quais deveriam ser seguidas pelas igrejas levantadas por Paulo e Barnabé, eles decidiram partir para uma segunda viagem.

Barnabé, então, desejava dar uma segunda chance a João Marcos, que era seu parente, mas Paulo não concordou. Podemos dizer que, pelo pouco crescimento em vida que tinha, faltava-lhe paciência para levar consigo novamente o jovem que os havia abandonado na primeira viagem. Por esse motivo Paulo e Barnabé se desentenderam e vieram a separar-se. Barnabé e Marcos partiram para Chipre. Paulo elegeu Silas para acompanhá-lo. Silas, que era de Jerusalém, havia sido escolhido, juntamente com Judas, para acompanhar Paulo e Barnabé na leitura da carta aos gentios, mas resolvera permanecer em Antioquia pela condição adequada que viu na igreja ali (At 15:34). Ele se tornou um grande companheiro de Paulo na segunda viagem, na qual aprenderam a seguir o Espírito em tudo (2 Co 1:19; 1 Ts 1:1; 2 Ts 1:1).

(Palavra extraída do Alimento Diário)