segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Sendo transformados

Ele amarrará o seu jumentinho à vide e o filho da sua jumenta à videira mais excelente; lavará suas vestes no vinho e a sua capa em sangue de uvas (Gn 49:11)

Gn 49:8-12; Ap 5:5


Esta semana, antes de darmos continuidade ao livro de Romanos, iremos revisar a história do jumentinho amarrado à vide, bem como do Leão da tribo de Judá, que é o próprio Senhor Jesus.

Ao lermos Gênesis 49:11, deparamo-nos com um jumentinho amarrado a uma videira. Com relação a essa passagem, recordo-me de uma experiência que tive no passado. Em certa ocasião, quando a obra aqui estava sob a liderança de um renomado servo de Deus que já dormiu no Senhor, obtive uma revelação de como aplicar essa passagem. Tal fato ocorreu em um local onde se realizavam duas conferências por ano. Ali havia reuniões do partir do pão aos domingos em dois momentos: uma reunião para os que falavam a língua inglesa e outra para os que falavam a língua chinesa.

Naquela ocasião, optei por participar da reunião em língua chinesa. Nesse dia reparei que meu nome, "Dong", tem o som similar à palavra inglesa "donkey", que, em português, significa jumento. Nesse momento, percebi que eu era, de fato, como um jumento. Jumentos tem uma natureza forte, resistente aos comandos do dono. São caracterizados como animais bastante rudes e grosseiros que, diferentemente do cavalo que se alimenta do pasto, costumam comer qualquer coisa que encontram pelo caminho.

Nós todos somos como jumentos. Debatemos com nosso Senhor muitas vezes, tornamo-nos rebeldes ao Seu falar, insensíveis à Sua vontade e direção, e gostamos de nos "alimentar" de muitas coisas indevidas. Por outro lado, em Gênesis 49:9 temos um leão, o Leão da tribo de Judá, que representa o Senhor em Sua realeza. Embora em nosso ser natural sejamos como jumentos, o Senhor está trabalhando em nós e nos transformando por meio de Sua vida e natureza, a fim de que nos tornemos vencedores, ou seja, leões, como Ele mesmo, para reinar com Ele na manifestação do Seu reino no milênio.

O Senhor Jesus vem da linhagem de reis. Contudo, ao entrar em Jerusalém, mesmo sendo saudado como Rei, Ele o fez montado em um jumento. Se anelamos o reino, nossa vida da alma precisa ser "montada" pelo Senhor Jesus, ou seja, trabalhada em sua natureza. Poderemos ser reis, mas a questão hoje é: como está nossa natureza de jumento? Hoje, como jumentos, estamos sujeitos à transformação do Senhor em nós até nos tornarmos leões?

Que o Senhor Jesus subjugue nossa natureza obstinada e nos infunda cada vez mais Sua natureza divina!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

Seremos semelhantes a Ele

Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é (1 Jo 3:2)

Rm 8:29-39; 2 Ts 1:10


Damos graças ao Senhor, pois, conforme foi abordado nesta semana, a filiação irá culminar na redenção de nosso corpo transfigurado.

No capítulo 8 do livro de Romanos, Paulo continua descrevendo o propósito de Deus para o homem: "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou" (vs. 29-30).

O Senhor é o primogênito entre muitos irmãos, ou seja, é como se o Senhor fosse o nosso "irmão mais velho", conduzindo seus irmãos "menores" à glória de Deus, à filiação. Aleluia, temos um "super poder" dentro de nós que está nos levando para o alvo, conforme relata também o apóstolo João em sua epístola (1 Jo 3:1-2). Muitas pessoas não conhecem essa vida poderosa que há em nós, mas o fato é que, na segunda vinda do Filho do Homem, veremos o Senhor Jesus como Ele é e seremos semelhantes a Ele, para a admiração e testemunho dos que creram (2 Ts 1:10). No momento, o mundo não nos conhece, assim como não conheceu o Senhor Jesus. Porém, Deus nos conhece, pois temos a Sua vida eterna dentro de nós!

Segundo tudo o que é revelado no capítulo 8 de Romanos, só podemos nos entregar ao Senhor e permitir que nosso velho homem, nossa vida da alma, o ego, seja levado para "matadouro" (v. 36). Não deixe que nada o desanime e nunca se esqueça que, por meio Daquele que nos amou, somos mais que vencedores (v. 37). Certamente, Deus nos suprirá graciosamente com Cristo todas as coisas. Somos os Seus eleitos; é Ele quem nos justifica e intercede por nós (vs. 33-34; Hb 7:25).

Passaremos por dificuldades e ciladas do inimigo, mas isso não deve ser motivo para nos separar do amor de Cristo. Como está escrito na parte final do capítulo 8 de Romanos: "Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (vs. 38-39). Louvado seja o Seu nome!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

A revelação dos filhos de Deus

Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra (2 Cr 7:14). A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus (Rm 8:19)

Gn 3:17; 5:29; Rm 8:15-22; 1 Ts 4:13-17


O livro de Romanos traz o evangelho de Deus completo ao homem. Como vimos ontem, esse evangelho é grandioso, muito mais do que podemos pensar e imaginar.

Na luz do evangelho de Deus, até mesmo os nossos sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós (Rm 8:18). Em nossa caminhada na vida da igreja, não somos aqueles que vivem atemorizados, mas recebemos o espírito de filiação, baseados no qual clamamos do profundo do nosso ser: ''Aba, Pai" (v. 15; Gl 4:6). "Aba", no original aramaico, significa papai, ou seja, indica uma relação íntima entre pai e filho. E, se somos filhos, somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo (Rm 8:16-17). O desejo de Deus é que nós, Seus filhos, não vivamos mais segundo a carne, mas sejamos guiados pelo Seu Espírito (v. 14).

A própria criação, devido à queda do homem, está sujeita à vaidade e à corrupção da maldição (Gn 3:17; 5:29). Por causa disso, ela geme e ardentemente aguarda a revelação dos filhos de Deus, pois, quando isso ocorrer, ela também será redimida para a liberdade da glória dos filhos de Deus (Rm 8:19-22).

Antes de libertar a terra do cativeiro da corrupção, no entanto, o Senhor deseja curar a "terra" do nosso coração (2 Cr 7:14). Devemos nos humilhar, orar e buscar ao Senhor para que Ele cure a "terra" do nosso coração, e assim iremos "antecipar" o fim da maldição da criação.

Em Sua volta, quando o anjo ressoar a sétima trombeta, o Senhor Jesus descerá dos céus, e, dentre os filhos de Deus, os que dormiram no Senhor serão ressuscitados e os que estiverem na terra, juntamente com eles, serão arrebatados para o encontro do Senhor nos ares, com um corpo imortal, transfigurado e glorificado (1 Ts 4:13-17), conforme lemos: "Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. [ ... ] Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Co 15:51-57). Esse será o cumprimento da Palavra de Deus!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)