sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

A direção do Espírito

Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como incessantemente faço menção de vós em todas as minhas orações, suplicando que, nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de visitar-vos (Rm 1:9-10)

At 21:11-12; Rm 9:3; 1 Co 16:1-4


Hoje veremos algumas viagens que o apóstolo Paulo fez a fim de extrairmos lições com relação a viver no Santo dos Santos, isto é, em nosso espírito. Em sua segunda jornada, Paulo teve uma dependência extrema do Espírito. Nela vemos que ele e Silas foram impedidos pelo Espírito Santo de pregar o evangelho na Ásia. Em seguida, quando tentaram ir para Bitínia, o Espírito de Jesus também não permitiu (At 16:6-7). Descendo a Trôade, sobreveio a Paulo uma visão, na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: "Passa à Macedônia e ajuda-nos". Imediatamente seguiram para aquele destino, concluindo que Deus os havia chamado e enviado para anunciar o evangelho ali (vs. 8-10).

O resultado do trabalho de Paulo e de seus cooperadores na região da Macedônia foi o surgimento da igreja na cidade de Filipos, onde pregaram o evangelho às mulheres que para ali tinham concorrido. Houve um início com oração e conversões impactantes, como a de Lídia e a do carcereiro (vs. 14-15, 25-34). A região da Macedônia tornou-se também referência no serviço de oferta de riquezas materiais, rogando, inclusive, que Paulo não partisse dali sem os donativos dos irmãos (2 Co 8:1, 4).

Na terceira jornada Paulo passou por experiências extremamente difíceis que quase lhe custaram a vida e o fim precoce de seu ministério. Ele quis passar pela região da Macedônia e da Acaia para levar as ofertas coletadas para Jerusalém. No entanto, em seu trajeto, ele foi para Éfeso, região em que permaneceu por três anos. Ali ele escreveu a primeira carta endereçada aos coríntios (1 Co 16:1-4). Quando partiu para Jerusalém, ao chegar a Tiro, alguns discípulos, movidos pelo Espírito, recomendaram a Paulo que não seguisse viagem para lá (At 21:4). Em Cesareia, chegou a ser advertido por meio do profeta Ágabo, que, tomando um cinto e ligando-o com os próprios pés e mãos, declarou: "Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus, em Jerusalém, farão ao dono deste cinto e o entregarão nas mãos dos gentios" (v. 11). Quando ouviram as palavras de Ágabo, os irmãos que acompanhavam a Paulo rogaram-lhe que não subisse a Jerusalém (v. 12).

Paulo não deu atenção às advertências e, em Jerusalém, além de quase cumprir um voto segundo os rituais do Antigo Testamento, foi identificado pelos judeus vindos da Ásia, que o agarraram e levaram para fora da cidade a fim de matá-lo. O Senhor, porém, o livrou da morte (v. 31). Já preso, desenvolveu seu ministério epistolar, o que resultou em um legado recebido por todos os filhos de Deus até hoje.

Por que Paulo insistiu tanto em ir a Jerusalém? A resposta é que ele amava seus compatriotas a ponto de querer ser anátema, maldito e separado de Cristo, por amor a sua linhagem (Rm 9:3). Paulo desejava transmitir o evangelho de Deus aos judeus, mas estes desprezavam essa boa-nova, devido a conceitos e tradições. Paulo estava desesperado pelo fato de o povo judeu não ter percebido ainda a maravilha do evangelho.

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)