segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Unidos com Cristo pelo batismo

Fomos, pois, sepultados com Ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição (Rm 6:4-5)

Mc 16:16; Rm 6:3-10; 10:9


Nesta semana veremos alguns assuntos abordados por Paulo em Romanos 6, 7 e 8, aplicando todos eles à nossa experiência. Nossa intenção não é trazer uma explicação detalhada das verdades doutrinárias que podem ser encontradas nas epístolas de Paulo, como em uma aula de faculdade, mas usar o espírito para que as palavras sejam vida para nós.

Como ministros da nova aliança, nós propagamos o evangelho do reino e também levamos as pessoas a invocar o nome do Senhor; somos salvos quando confessamos com a boca e cremos com o coração (Rm 10:9). Ao invocar o nome do Senhor Jesus crendo, nós O recebemos como nosso Salvador, e o Espírito de Deus entrou em nosso espírito humano formando uma união indissolúvel, tornando-se o que chamamos de espírito mesclado. Apenas para ilustrar, podemos comparar essa união a um copo com um pouco de água que, em determinado momento, recebe mais água juntando as duas porções de tal modo que se torna impossível diferenciar qual delas já estava no copo e qual foi acrescentada.

O ponto mais importante em Romanos 6 é o batismo. Sem o batismo, a experiência da salvação ainda está incompleta. Em Marcos 16:16 lemos: "Quem crer e for batizado será salvo". Portanto, quando pregamos o evangelho, devemos ajudar as pessoas e suas famílias a invocar e receber o Senhor Jesus, e também encorajá-las a serem batizadas.

O apóstolo Paulo mostra-nos nesse capítulo do livro de Romanos que o batismo nas águas, se refere a algo mais profundo, à nossa experiência de identificação com Cristo: "Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida" (6:3-4). Por essas palavras nós podemos ver que, quando somos batizados, nós experimentamos uma união com Cristo e com o que Ele realizou por nós (v. 5). Louvado seja o Senhor!

(Palavra Extraída do Alimento Diário)

Extrair vida das verdades

O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida (Jo 6:63)

Jo 13:35


Ontem vimos sobre a experiência maravilhosa que tivemos em uma conferência dada na Estância Árvore da Vida em 1984. Cabe destacar a prática de ruminar a mensagem liberada após a ministração, da qual extraíamos pepitas de ouro espiritual em cada reunião! Naquela conferência, foi-nos aberta a revelação da economia divina, que é o plano de Deus, no qual Ele quer dar-se a Si mesmo como vida, a cada um de nós.

Graças ao Senhor, a partir daquela época a obra do Senhor no Brasil foi se estendendo, alcançando todos os países da América do Sul. Os irmãos puderam perceber que, por mais que tenhamos a natureza rebelde e teimosa, como de um jumento, há esperança para nós! Se estivermos atados à vide comendo uva, ou seja, se estivermos no espírito desfrutando o Senhor, sempre a Seu lado, haverá mudança em cada um de nós! Seremos dóceis para com Sua vontade!

Nosso encargo é conduzir os irmãos a estar no espírito invocando o nome do Senhor, pois esse é o caminho do crescimento espiritual. O Espírito é o que dá vida! E a expressão dessa vida divina é o amor. Se invocarmos o nome do Senhor, a vida Dele crescerá em nós, e espontaneamente o Seu amor se manifestará, pois Deus é amor.

Durante anos sempre houve conflitos e dificuldades entre irmãos. Entretanto os conflitos estão diminuindo porque decidimos viver no espírito, desfrutando a vida de Deus. Não precisamos nos esforçar para amar uns aos outros por obrigação, posto que, uma vez no espírito, sobre nós repousa o amor.

Através dos anos na obra do Senhor, alguns nos caluniaram, difamaram e, até hoje, nos criticam por tomarmos este caminho do exercício do espírito. Mas aqueles que verdadeiramente nos conhecem não são enganados. Se existem irmãos que escolheram ministrar a verdade em forma de doutrina, que continuem. Contudo nós, por meio dos escritos de Paulo, escolhemos extrair vida de cada ponto das verdades! Agora, que começamos a ver o livro de Romanos, podemos constatar como têm sido práticas as verdades ali contidas.

(Palavra Extraída do Alimento Diário)

Desfrutando da vida

Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR (Sl 122:1)

Jo 15:1-2; 1 Pe 1:9


Conforme vimos nos dias anteriores, obtive uma revelação em Gênesis 49:11-12 enquanto participava de uma reunião com irmãos de língua chinesa. Percebi que eu era, de fato, um jumento, com relação à minha natureza rebelde, mas que, por estar "amarrado à videira", Cristo, e comer tanta uva, que se refere à vida divina, obteria transformação. Dessa forma, seria levado a um nível mais elevado de maturidade espiritual. Graças ao Senhor!

João 15:1-2 relata-nos que o Senhor é a Videira, e nós os ramos, e todo ramo que dá fruto Ele limpa, para que dê mais fruto ainda. Esse tipo de viver é o que devemos experimentar na vida da igreja! No viver normal da igreja só há "uva" para comermos, e esse alimento nos levará à transformação completa de nosso interior! Aleluia!

Lembro-me que nessa mesma reunião eu compartilhei sobre o jumentinho amarrado à vide. Um grande servo do Senhor, usado por Ele na época para liderar-nos, apreciou a revelação que tive com respeito a essa passagem da Bíblia. Esse servo do Senhor constatou que no Brasil as igrejas tiveram um novo início por meio da obra de levar os irmãos a se alimentar de Cristo, a videira verdadeira.

Então esse precioso servo decidiu visitar o Brasil e ministrar uma conferência na Estância Árvore da Vida, em 1984. Quando abria a janela do quarto onde estava hospedado, deparava-se com a cena maravilhosa dos irmãos saindo de suas barracas rumo ao local de reuniões. Ao contemplar tal cena ele se lembrou dos salmos de romagem (SI 120-134), entoados pelo povo de Israel subindo à Jerusalém para participar das festas anuais ao Senhor.

Aquela conferência foi maravilhosa! Cantávamos alegremente, cheios de espírito e vida! A impressão que tínhamos era a de que estávamos "amarrados à Videira", comendo apenas uva! E esse irmão que veio ao Brasil para nos ministrar a Palavra surpreendeu-se com tanto fervor dos irmãos brasileiros. Então declarou que, enquanto cantávamos, ele se esquecia até do próprio nome! Que bom é estarmos atados à vide! Podemos nos esquecer até de nós mesmos.

(Palavra Extraída do Alimento Diário)

As riquezas da videira

Assim como nos escolheu Nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis (Ef 1:4)

Gn 49:11; Ef 5:18


A mensagem de Gênesis 49 nos mostra como é essencial nos alimentarmos da vida divina para que sejamos transformados. Prosseguindo no versículo 11b, lemos; "Lavará as suas vestes no vinho e a sua capa, em sangue de uvas". A uva é uma fruta riquíssima. A partir da fermentação e filtragem de seu suco, é produzido o vinho. Portanto da uva originam-se dois produtos; o suco e o vinho. No versículo 11b notamos quão abundante e rico é o fruto da videira! Tamanha é sua abundância que "lavamos nossas vestes e nossa capa no sangue de uvas", que simboliza o sangue precioso de Cristo! A quantidade de líquido que é necessário para lavar roupas indica a abundância de suco de uva produzido pela videira. Toda essa abundância podemos encontrar quando vivemos a realidade da vida da igreja. Aleluia! Quão rica é a vida da igreja! Nesse contexto, um jumentinho deveria sentir-se rico por desfrutar tanta fartura!

Às vezes, olhamos para um "pasto" bonito, onde existem coisas aparentemente boas que nos satisfazem e nos desviamos de nossa dieta espiritual. Não percebemos, muitas vezes, quão abundante, rica e prática é a palavra que desfrutamos na vida da igreja. Então, que fazer? Voltemos a comer da uva mais excelente! O único caminho é voltar para a Videira, que é Cristo, e comer uvas, representadas pela vida divina! Em nosso meio não deve haver outra coisa para nos alimentar a não ser uva e mais uva, vida e mais vida. Com isso chegará o dia em que nosso caráter, que anteriormente se assemelhava ao do jumento, estará totalmente transformado, possibilitando-nos reinar com Cristo.

Amarrado à vide, o jumentinho de Judá tinha as vestes lavadas em uva, seus olhos eram cintilantes de vinho, e seus dentes brancos como leite. Ele passou por um processo de transformação. Quando uma pessoa embriaga-se com vinho, seus olhos ficam vermelhos. Porém Efésios 5:18 diz-nos: "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito". Nossos olhos têm de estar cintilantes não pela embriaguez do vinho, mas do Espírito! A uva simboliza a vida divina, e, quanto mais a saborearmos, mais nosso interior será mudado!

Por outro lado, os dentes brancos de um jumento resultam de um metabolismo! Certamente um jumento, devido à sua dieta, não teria dentes brancos, e sim amarelados ou escuros. Mas, nessa figura de Gênesis 49, por comer uva, espontaneamente seus dentes ficaram brancos!

Nosso Deus nos escolheu antes da fundação do mundo e nos predestinou para a filiação plena (Ef 1:4). Uma vez predestinados, estamos amarrados à videira verdadeira, com o objetivo de amadurecer no Senhor e alcançar plena filiação. A vida da igreja é o melhor lugar para isso!

(Palavra Extraída do Alimento Diário)

Videira mais excelente

Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos (Ap 5:5)

Gn 49:3-12; Jo 15:1-2


Todos nós somos teimosos como um jumento, e transformar a vida natural de um "jumento" não é fácil. Temos um caráter muito forte. Não pensemos que tratar de maneira exterior com a teimosia de um jumento terá algum efeito, pois, ao ser chicoteado, ele se senta, vindo a empacar.

Em Apocalipse 5, lemos que na mão direita de Deus havia um livro, mas ninguém fora achado digno de abri-lo nem mesmo de olhar para ele. Por isso João chorava muito, mas um dos anciãos lhe disse: "Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos" (v. 5).

No capítulo 49 de Gênesis vemos que Judá, filho de Jacó, é simbolizado por um leão, que indica majestade (vs. 9-10). No início do versículo 11 lemos: "Ele amarrará o seu jumentinho à vide e o filho da sua jumenta à videira mais excelente". De acordo com o direito de primogenitura, o filho que deveria receber a realeza seria Rúben, porém, visto que profanara o leito de seu pai, não pôde recebê-la (vs. 3-4). Na sequência, viriam Simeão e Levi, mas também não a receberam por causa de sua violência (vs. 5-7). Por isso a bênção da realeza recaiu sobre Judá, o quarto filho de Jacó (vs. 8-12).

Como Judá recebeu a realeza, podemos associar o Leão de Judá descrito em Apocalipse 5 com as bênçãos proferidas por Jacó a seus filhos (Gn 49). Assim sendo, percebemos que, para ser reis, prefigurados por leões, primeiro precisamos negar nossa vida da alma; isto é, precisamos passar pelo processo de estar amarrado à videira mais excelente, como o jumento em Gênesis 49. Quando Deus quer usar alguém, Ele primeiramente lhe ensina lições de humildade, e isso ocorre por meio de restrição em nossa dieta.

Geralmente, os pecuaristas dão do melhor pasto e demais alimentos aos cavalos e bois. Por fim, restam caules duros, oferecidos aos jumentos. Contudo, em nosso caso, o Senhor nos propõe a melhor comida: uva! João 15:1-2 diz-nos: "Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda". Portanto a uva simboliza a vida. Por nossa dieta ser exclusiva de uva, que representa a vida divina, nosso interior é transformado.

Para ser transformados, o caminho é comer e dar de comer a outros do fruto da videira. Não olhemos outros "pastos" cheios de atrativos mundanos. O caminho é voltar-nos para Cristo e a igreja e continuar alimentando-nos de "uva", isto é, da vida divina. Aleluia!

(Palavra Extraída do Alimento Diário)

A jumenta de Balaão

Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me (Mt 16:24)

Nm 22:6-7,22-23


Como já vimos, o caráter de um jumento é extremamente forte. Na viagem à Bolívia, mencionada na leitura de ontem, para termos acesso à região que íamos visitar, tivemos de alugar um jumento. Por recomendação do proprietário, foi-nos entregue uma vara para impelir o animal, a fim de fazê-lo andar e manter seu ritmo. Se, contudo, tivéssemos de acelerar, deveríamos usar por mais vezes a vara, e, assim, chegaríamos mais rápido.

Houve momentos, no entanto, em que o jumento, cansado de ser surrado, empacava. Esse tipo de temperamento é muito parecido com nossa vida da alma. Quando ela resolve "empacar", dificilmente conseguimos avançar.

Essa palavra também pode ser aplicada ao caráter das irmãs. Olhando superficialmente, parecem pacatas e dóceis. Porém, quando contrariadas, às vezes, revelam um caráter forte, principalmente ao divergir dos maridos. Consequentemente, acabam discutindo, em vez de ir diante do Senhor para manter comunhão com Ele. Essa é a situação real da nossa vida da alma.

Em Números 22 lemos a respeito de outra jumenta, que pertencia a um profeta chamado Balaão. Balaque, rei de Moabe, tentou suborná-lo para amaldiçoar o povo de Israel, pois temia que os israelitas tomassem seu reino. Segundo os registros bíblicos, Balaão montou em sua jumenta e partiu com os príncipes de Moabe, por um caminho estreito, cercado de plantas e árvores. Um caminho que só esse animal faria.

Para se opor a Balaão, o Anjo do Senhor se colocou no caminho dele com a finalidade de matá-lo (Nm 22:22-33). Cada vez que via o Anjo do Senhor, a jumenta desviava do caminho. Por não ver o Anjo, Balaão se irava contra a jumenta e a espancava. Em dado momento, a jumenta pressionou o pé de Balaão contra o muro para machucá-lo (v. 25). Após espancar a jumenta três vezes, o Senhor a fez falar com Balaão. Então o Senhor abriu os olhos do profeta, que passou a ver o Anjo. Aqui notamos que, embora o que levou a jumenta de Balaão a aborrecê-lo tenha sido a presença do Anjo do Senhor, podemos aplicá-lo à questão da natureza teimosa de um jumento.

Não há outra maneira de nos tornar vencedores se não for pela cruz! Deixemos o Senhor disciplinar nossa natureza de jumento, para que possamos fazer Sua vontade!

(Palavra Extraída do Alimento Diário)