O pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça (Rm 6:14)
Rm 3:23; 7:21-25; Ef 6:4
De acordo com Romanos 7, todo aquele que deseja fazer a vontade de Deus possui um conflito interior entre a lei do pecado e a lei de Deus. Em outras palavras, embora nos sintamos capazes (lei da mente) de fazer a vontade de Deus (lei de Deus), fracassamos, inclinando-nos para fazer o mal (lei do pecado e da morte). Dessa forma, somos incapazes de fazer o bem que preferimos e, espontaneamente, fazemos o mal que rejeitamos (v. 19).
Em Romanos 6 Paulo discorre que, quando alguém está escravizado pela lei do pecado, é inútil para Deus. No capítulo 7, o próprio Paulo reconhece sua inutilidade. Também precisamos desse tipo de experiência, para perceber que não importa nossa intenção de fazer o bem para agradar a Deus; em nossa carne não habita bem algum. A lei da mente fica subjugada pela lei do pecado, assim como tudo o que se encontra na superfície da terra obedece à lei da gravidade. Por exemplo, é frequente que os jovens fiquem encorajados a buscar o Senhor após participarem de uma conferência de jovens. Após algum tempo, porém, desanimam por ter fracassado em seus objetivos espirituais. É como ser vencido pela lei da gravidade. A lei da mente nos induz a crer que podemos cumprir a lei de Deus, e pensamos que somos bons, por natureza. Mas, quando tentamos, a partir de nossa mente, praticar a palavra de Deus, encontramos em nossos membros outra lei, que nos leva a fracassar em nossas decisões: a lei do pecado e da morte.
A lei da mente é fraca demais para atender às exigências da lei de Deus. Por isso, em Romanos 7, vemos que Paulo travava uma constante luta, tentando agradar a Deus, mas sempre fracassando. Por fim, Paulo, já desesperado de si mesmo, clama: "Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte " (v. 24). Seu pedido de socorro é para ser liberto do corpo desta morte, ou seja, da lei do pecado e da morte. Graças a Deus, em Jesus Cristo há libertação, por isso "graças a Deus por Jesus Cristo!" (v. 25). Por meio de Jesus, ganhamos vida em nosso espírito. Agora, recebemos a lei do espírito da vida, mais forte que a lei do pecado e da morte. Ela nos capacita e cumprir a lei de Deus, sendo muito superior à lei da nossa mente. Se estivermos no espírito, seremos fortalecidos no Senhor e na força do Seu poder (Ef 6:10) Esse poder é a lei que nos levará a realizar a vontade de Deus. Aleluia!
A lei do espírito e da vida nos capacita a praticar o conteúdo de Romanos, que trata da plena salvação de Deus. Todos os estágios da salvação ali relacionados (justificação, santificação, reconciliação, transformação, conformação e glorificação) devem ser realidade em nosso viver, não só individual, mas coletivamente, para a edificação do Corpo de Cristo. Nesse contexto, Romanos 16 retrata exemplos práticos do genuíno viver da igreja. Todos os exemplos nos encorajam a acolher e ajudar os irmãos que servem, a abrir nossa casa como um lugar de oração e a servir uns aos outros como mães e pais espirituais. Essa é a prática desejável no viver da igreja, a maneira saudável de edificar o Corpo de Cristo.
(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)