terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Fazer morrer o nosso ser natural

Trouxeram a jumenta e o jumentinho. Então, puseram em cima deles as suas vestes. E sobre elas Jesus montou (Mt 21:7)

1 Rs 1:33, 38, 44; Zc 9:9; Mt 21:5; Lc 19:29


Vemos, nas histórias bíblicas, que, geralmente, os reis eram empossados montados em cavalos majestosos. Davi, por exemplo, utilizava uma mula como condução (1 Rs 1:33). Salomão, por sua vez, para ser designado rei, montou a mula que era de Davi (vs. 38, 44). A mula é um animal formado a partir do cruzamento entre um jumento e uma égua. Esse animal é fisicamente mais parecido com a mãe, ou seja, uma égua, mas consegue herdar do jumento a força e a resistência. Podemos dizer que o jumento, dentre os animais de montaria, é o mais desprezível, posto que os homens preferem os cavalos. O jumento, desse modo, representa o último da categoria.

De acordo com a narrativa de Lucas 19, a partir do versículo 29, para entrar em Jerusalém, o Senhor Jesus pediu aos discípulos que Lhe trouxessem uma jumenta e um jumentinho. Logo, a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, na semana derradeira antes de Sua morte e ressurreição, ocorreu num jumentinho. Isso porque era necessário que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Zacarias: "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta" (Zc 9:9). O Senhor Jesus, quando entrou na cidade de Jerusalém, não utilizou nenhum animal de grande porte; pelo contrário, visto que é um Rei humilde e manso, montou num jumentinho, cria de um animal de carga, que já Lhe estava preparado (Mt 21:5). o Senhor dirigiu-se a Jerusalém para sofrer muitas coisas dos principais sacerdotes, ser testado e examinado pelos fariseus, passar pela morte de cruz e, por fim, após Sua ressurreição, reinar.

Sabemos que, pelo formidável equilíbrio de um jumento, ele é apto para andar por caminhos íngremes nas montanhas, sendo muito útil como animal de carga. Experimentei disso quando, por causa da obra do Senhor, tive de montar num jumento para alcançar as altas montanhas da Bolívia. O caminho a percorrer era extremamente difícil, cheio de pedrinhas, e, como o meio de transporte era precário, só se conseguia ir de jumento. Por outro lado, quando o jumento resolve empacar, por mais que apanhe, ele desiste de andar. São animais que exigem muita perseverança e um trabalho específico para serem domados. Com uma varinha na mão podemos até corrigi-los. Na primeira tentativa, andam um pouco rápido; porém, depois de alguns passos, diminuem o ritmo e, finalmente, sentam-se.

O caráter de um jumento é muito semelhante à nossa vida da alma, ou seja, extremamente forte. Por várias vezes, só fazemos aquilo que apreciamos. Somos exortados em amor pelos irmãos, contudo insistimos em não nos arrepender.

Assim como o Senhor montou um mero jumentinho, fazendo com que este O servisse, deixemos que Ele mude nossa natureza, disciplinando-nos a fim de que sejamos úteis e dóceis à Sua vontade. Ele nos colocou na vida da igreja para que essa preparação seja levada a cabo, fazendo morrer nossa natureza caída e possamos ser conduzidos por Ele, realizando Sua vontade na terra.

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Sendo transformados

Ele amarrará o seu jumentinho à vide e o filho da sua jumenta à videira mais excelente; lavará suas vestes no vinho e a sua capa em sangue de uvas (Gn 49:11)

Gn 49:8-12; Ap 5:5


Esta semana, antes de darmos continuidade ao livro de Romanos, iremos revisar a história do jumentinho amarrado à vide, bem como do Leão da tribo de Judá, que é o próprio Senhor Jesus.

Ao lermos Gênesis 49:11, deparamo-nos com um jumentinho amarrado a uma videira. Com relação a essa passagem, recordo-me de uma experiência que tive no passado. Em certa ocasião, quando a obra aqui estava sob a liderança de um renomado servo de Deus que já dormiu no Senhor, obtive uma revelação de como aplicar essa passagem. Tal fato ocorreu em um local onde se realizavam duas conferências por ano. Ali havia reuniões do partir do pão aos domingos em dois momentos: uma reunião para os que falavam a língua inglesa e outra para os que falavam a língua chinesa.

Naquela ocasião, optei por participar da reunião em língua chinesa. Nesse dia reparei que meu nome, "Dong", tem o som similar à palavra inglesa "donkey", que, em português, significa jumento. Nesse momento, percebi que eu era, de fato, como um jumento. Jumentos tem uma natureza forte, resistente aos comandos do dono. São caracterizados como animais bastante rudes e grosseiros que, diferentemente do cavalo que se alimenta do pasto, costumam comer qualquer coisa que encontram pelo caminho.

Nós todos somos como jumentos. Debatemos com nosso Senhor muitas vezes, tornamo-nos rebeldes ao Seu falar, insensíveis à Sua vontade e direção, e gostamos de nos "alimentar" de muitas coisas indevidas. Por outro lado, em Gênesis 49:9 temos um leão, o Leão da tribo de Judá, que representa o Senhor em Sua realeza. Embora em nosso ser natural sejamos como jumentos, o Senhor está trabalhando em nós e nos transformando por meio de Sua vida e natureza, a fim de que nos tornemos vencedores, ou seja, leões, como Ele mesmo, para reinar com Ele na manifestação do Seu reino no milênio.

O Senhor Jesus vem da linhagem de reis. Contudo, ao entrar em Jerusalém, mesmo sendo saudado como Rei, Ele o fez montado em um jumento. Se anelamos o reino, nossa vida da alma precisa ser "montada" pelo Senhor Jesus, ou seja, trabalhada em sua natureza. Poderemos ser reis, mas a questão hoje é: como está nossa natureza de jumento? Hoje, como jumentos, estamos sujeitos à transformação do Senhor em nós até nos tornarmos leões?

Que o Senhor Jesus subjugue nossa natureza obstinada e nos infunda cada vez mais Sua natureza divina!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

Seremos semelhantes a Ele

Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é (1 Jo 3:2)

Rm 8:29-39; 2 Ts 1:10


Damos graças ao Senhor, pois, conforme foi abordado nesta semana, a filiação irá culminar na redenção de nosso corpo transfigurado.

No capítulo 8 do livro de Romanos, Paulo continua descrevendo o propósito de Deus para o homem: "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou" (vs. 29-30).

O Senhor é o primogênito entre muitos irmãos, ou seja, é como se o Senhor fosse o nosso "irmão mais velho", conduzindo seus irmãos "menores" à glória de Deus, à filiação. Aleluia, temos um "super poder" dentro de nós que está nos levando para o alvo, conforme relata também o apóstolo João em sua epístola (1 Jo 3:1-2). Muitas pessoas não conhecem essa vida poderosa que há em nós, mas o fato é que, na segunda vinda do Filho do Homem, veremos o Senhor Jesus como Ele é e seremos semelhantes a Ele, para a admiração e testemunho dos que creram (2 Ts 1:10). No momento, o mundo não nos conhece, assim como não conheceu o Senhor Jesus. Porém, Deus nos conhece, pois temos a Sua vida eterna dentro de nós!

Segundo tudo o que é revelado no capítulo 8 de Romanos, só podemos nos entregar ao Senhor e permitir que nosso velho homem, nossa vida da alma, o ego, seja levado para "matadouro" (v. 36). Não deixe que nada o desanime e nunca se esqueça que, por meio Daquele que nos amou, somos mais que vencedores (v. 37). Certamente, Deus nos suprirá graciosamente com Cristo todas as coisas. Somos os Seus eleitos; é Ele quem nos justifica e intercede por nós (vs. 33-34; Hb 7:25).

Passaremos por dificuldades e ciladas do inimigo, mas isso não deve ser motivo para nos separar do amor de Cristo. Como está escrito na parte final do capítulo 8 de Romanos: "Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (vs. 38-39). Louvado seja o Seu nome!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

A revelação dos filhos de Deus

Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra (2 Cr 7:14). A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus (Rm 8:19)

Gn 3:17; 5:29; Rm 8:15-22; 1 Ts 4:13-17


O livro de Romanos traz o evangelho de Deus completo ao homem. Como vimos ontem, esse evangelho é grandioso, muito mais do que podemos pensar e imaginar.

Na luz do evangelho de Deus, até mesmo os nossos sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós (Rm 8:18). Em nossa caminhada na vida da igreja, não somos aqueles que vivem atemorizados, mas recebemos o espírito de filiação, baseados no qual clamamos do profundo do nosso ser: ''Aba, Pai" (v. 15; Gl 4:6). "Aba", no original aramaico, significa papai, ou seja, indica uma relação íntima entre pai e filho. E, se somos filhos, somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo (Rm 8:16-17). O desejo de Deus é que nós, Seus filhos, não vivamos mais segundo a carne, mas sejamos guiados pelo Seu Espírito (v. 14).

A própria criação, devido à queda do homem, está sujeita à vaidade e à corrupção da maldição (Gn 3:17; 5:29). Por causa disso, ela geme e ardentemente aguarda a revelação dos filhos de Deus, pois, quando isso ocorrer, ela também será redimida para a liberdade da glória dos filhos de Deus (Rm 8:19-22).

Antes de libertar a terra do cativeiro da corrupção, no entanto, o Senhor deseja curar a "terra" do nosso coração (2 Cr 7:14). Devemos nos humilhar, orar e buscar ao Senhor para que Ele cure a "terra" do nosso coração, e assim iremos "antecipar" o fim da maldição da criação.

Em Sua volta, quando o anjo ressoar a sétima trombeta, o Senhor Jesus descerá dos céus, e, dentre os filhos de Deus, os que dormiram no Senhor serão ressuscitados e os que estiverem na terra, juntamente com eles, serão arrebatados para o encontro do Senhor nos ares, com um corpo imortal, transfigurado e glorificado (1 Ts 4:13-17), conforme lemos: "Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. [ ... ] Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Co 15:51-57). Esse será o cumprimento da Palavra de Deus!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A salvação do corpo

Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus (1 Jo 5:12-13)

Mt 16:21-23; Jo 20:19-22; 1 Co 15:51-54; Cl 3:2


A prática de negar a vida da alma, o ego, não tem por objetivo apenas melhorar o comportamento do homem. O fato de Deus ter colocado a eternidade em nosso coração significa que Ele desejava ter uma espécie de "recipiente" em nós que pudesse conter a vida eterna de Deus. Ao crermos no Filho de Deus, recebemos a vida eterna dentro de nós (1 Jo 5:20). Isso é maravilhoso!

Deus deseja que a vida eterna, que está em nosso espírito, influencie a nossa alma (mente, vontade e emoção), e a governe segundo a vontade de Deus. A mente, parte líder da alma, por mais capacidade que tenha, ainda é natural, corrompida e limitada. Para Deus contar conosco no mundo que há de vir, nossa alma precisa estar conectada e saturada com a vida eterna de Deus. Negar a si mesmo não é um sofrimento no sentido de tortura, mas uma santa barganha, é a permissão de nossa parte para a vida ilimitada de Deus fazer a Sua vontade em nós. A vida eterna, de ressurreição, tem o poder de extrapolar a mesquinhez de nossa vida da alma, nosso ego, e transformar-nos à imagem do Filho de Deus. Por meio dessa transformação, até mesmo a vida comum do lar entre marido e mulher, a vida social, familiar e de reuniões da igreja ganha mais "qualidade".

Porém é preciso ressaltar que isso só é possível quando vencemos nosso velho homem, ou seja, quando somos guiados pelo Espírito de Deus. Não vivemos mais como escravos das coisas da terra, mas pensamos e buscamos as coisas lá do alto (Mt 16:21-23; Cl 3:2). Na terra, o máximo que um engenheiro e um arquiteto conseguem fazer é um desenho nas dimensões que eles conhecem. No entanto a dimensão de Deus é a da fé, a celestial, onde temos toda sorte de bênção espiritual (Ef 1:3; 2 Co 5:7).

Por fim, Deus irá salvar também o nosso corpo. Por meio de Sua vida eterna, nosso corpo mortal, hoje cheio de fraquezas e doenças, ganhará outra forma no futuro, isto é, será substituído por outro sem limitações de tempo e espaço (1 Co 15:51-54). Esse corpo será como o que o Senhor recebeu após ressuscitar, um corpo de glória, sem restrições ao (Jo 20:19-22). o corpo de ressurreição que o Senhor Jesus ganhou já não era mais o corpo formado do pó de terra, e sim um corpo glorificado, ilimitado. Aleluia!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

A salvação da Alma

Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a salvação da alma (Hb 10:39lit.). Obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma (1 Pe 1:9)

Rm 5:10; 8:4-6; Fp 1:6; 1 Ts 5:23


O evangelho de Deus, a boa-nova, traz a salvação completa ao homem tripartido; primeiro ao seu espírito e, então, à sua alma e seu corpo (1 Ts 5:23).

A alma é a personalidade de cada um, é a nossa pessoa. Ela foi danificada pelo pecado e se tornou independente de Deus quando Adão e Eva ingeriram o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, no Éden (Gn 3:5; cf 2 Co 11:3). O homem que fora feito para ser governado pelo seu espírito, por meio da consciência, para fazer a vontade de Deus, passou a viver e ser controlado por sua própria alma totalmente alheia a Deus, a qual chamamos de vida da alma. Com uma alma assim, danificada, independente e insubmissa a Deus, como poderemos reinar no mundo que há de vir? Além da salvação do espírito, precisamos da salvação da nossa alma (1 Pe 1:9).

Em Romanos 8:6 lemos: "Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz". Quando colocamos a mente no Espírito, invocando o nome do Senhor Jesus com fé, nossa alma é mais salva e conseguimos seguir o Senhor por onde quer que Ele vá (Mt 16:24; Rm 5:10; Ap 14:4). Sempre que o fazemos, estamos negando a nós mesmos, nosso ego, nossa vida independente de Deus e cooperando com a salvação da nossa alma.

Sabemos que, em nossa experiência subjetiva, diária, as ações do velho homem, isto é, do nosso ser caído, ainda têm um poder latente com suas opiniões, preferências e vontade própria. Contudo, sempre que nos inclinamos para o Espírito, permitimos que Deus nos transforme e, dessa maneira, complete em nós a boa obra que começou no dia que cremos em Jesus (Fp 1:6).

Graças ao Senhor pela vida da igreja, onde somos cuidados por tutores e curadores, que, sob a orientação da Palavra, nos ajudam a cooperar com Deus nessa obra de transformação. Eles nos encorajam a viver mais no espírito e a negar a nós mesmos para passar da condição de "filho menor" para "filho maduro", isto é, herdeiros.

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

Deus criou o homem

O espírito do homem é a lâmpada do SENHOR, a qual esquadrinha todo o mais íntimo do corpo (Pv 20:27). Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno (Dn 12:2)

Gn 2:7; Ec 3:11; Rm 8:29; 1 Co 9:16; Ap 11:15


A ocupação da terra por Satanás está entrelaçada a todos os governos das nações (Ap 12:9; 18:3; 20:3). Inimizades e conflitos têm origem nele, cujo objetivo é roubar, matar e destruir (Jo 10:10a). No entanto Deus não irá desistir da restauração da terra, e em breve o reino do mundo se tornará de nosso Senhor e do Seu Cristo, que reinará pelos séculos dos séculos (Ap 11:15). Nesse propósito, o homem é extremamente importante.

Ao criar o homem, Deus poderia tê-lo feito com uma só palavra de Sua boca, todavia o fez de maneira diferente dos anjos e de qualquer outra criatura. O homem foi criado de maneira muito especial: primeiramente Deus formou o corpo humano do pó da terra, então lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, algo que saiu de Si mesmo, e o homem passou a ser alma vivente (Gn 2:7). A expressão "fôlego de vida" em Gênesis 2:7 é a mesma traduzida para "espírito do homem" em Provérbios 20:27, isto é, neshamah no idioma hebraico. Logo, o sopro de Deus, o fôlego de vida que entrou no homem, é o espírito humano, criado para receber a vida eterna.

Em Eclesiastes 3:11 lemos: "Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem". Essa "eternidade" deve ser o "espírito do homem", algo do próprio Deus dentro do homem. Mesmo aqueles que ainda não creram no evangelho têm dentro de si a eternidade. Portanto, embora o corpo humano morra e volte ao pó, o espírito do homem, por ser eterno, não morre. Mas como saber qual destino nosso espírito terá na eternidade? Isso depende de sua escolha hoje: a vida eterna com Deus ou o horror eterno. Em Daniel 12:2 lemos: "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno". Essa passagem da Bíblia nos mostra a importância de pregarmos o evangelho (Mt 28:18-20; 1 Co 9:16), pois o que está "em jogo" é o destino eterno das pessoas.

Para livrar o homem do horror eterno, Jesus, sendo o Filho unigênito de Deus, tornou-se homem, morreu, ressuscitou, para ser o primogênito entre muitos irmãos e conduzir muitos filhos de Deus à glória (Rm 8:29; Hb 2:10-11). Ele nos preparou uma salvação completa e nos mostrou qual destino escolher: a glória!

Precisamos apressar-nos para salvar nossos amigos, vizinhos, parentes, e transportá-los do horror eterno para a vida eterna, levando-os a confessar com a boca a Jesus como Senhor e a crer com o coração que Deus O ressuscitou dentre os mortos, pois todo aquele que crê não será confundido e todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Rm 10:10-11, 13-14). Essa é a salvação do espírito.

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

A importância da vida da Igreja

Venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu (Mt 6:10). Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um (Rm 12:3)

Gn 1:1-2, 26-28; Is 14:14, 45:5, 18; Ez 28:12; Gl 4:2


Após recebermos a vida de Deus, o Senhor nos colocou na vida da igreja, um ambiente que ajuda e acelera nosso processo de crescimento espiritual a fim de nos tornar aptos a administrar Sua herança e cumprir Sua vontade. No viver da igreja temos tutores e curadores que cuidam de nós até o tempo predestinado pelo Pai, isto é, até atingirmos a maturidade (Gl 4:2). Eles cuidam de nós, nos protegem, instruem e nos alimentam com a Palavra de Deus. Esses irmãos são os guardiões que nos ajudam a crescer espiritualmente e nos aperfeiçoam em questões práticas, visando preparar-nos para administrar os negócios do Pai (Lc 2:49lit.). Assim, o viver da igreja é uma preparação para aqueles a quem Deus entregarará o governo do mundo que há de vir. Em Sua soberania, Ele decidiu não entregar esse governo a anjos novamente, como ocorreu no primeiro mundo (Hb 2:5-7).

O governo do primeiro mundo, da era pré-adâmica, fora entregue a Lúcifer, um arcanjo a quem havia sido dada muita capacidade e habilidades, considerado dentre os querubins, o sinete da perfeição (Ez 28:12-15). Porém, por causa do orgulho em seu coração, ambicionou ser semelhante ao Altíssimo. O resultado é que Lúcifer e a terça parte dos anjos foram lançados por terra (v. 17; Is 14:14; Ap 12:4). Aqui vemos um princípio: Deus tem autoridade absoluta (Is 45:5, 21-22). Ninguém pode ter a Deidade, isto é, a posição de ser adorado.

Devido à queda de Lúcifer com seus seguidores, as criaturas que havia na terra, antes da criação do homem, seguiram a Satanás em sua rebelião. Por isso Deus julgou a primeira criação com águas, e a terra tornou-se um caos (Gn 1:1-2). Contudo a terra não foi criada para ser um caos, mas para ser habitada (Is 45:18); por isso Deus precisava restaurar nela a Sua autoridade. Então, como vemos registrado em Gênesis 1, em seis dias Ele restaurou Sua criação e criou O homem e a mulher com a finalidade de restabelecer Sua autoridade na terra (vs. 26-28).

Nós fomos criados para trazer o reino de Deus à terra (Mt 6:10; Lc 12:32), e desse modo, terminar com a ocupação de Satanás (1 Jo 5:19). Por isso devemos aplicar à nossa vida as lições vistas na queda de Lúcifer, ou seja, não nos orgulhar das habilidades que temos, tampouco nos fechar para críticas, que são como "fogo" purificador de impurezas (Zc 13:9; 1 Pe 4:12-13). Não podemos cair no mesmo erro do anjo rebelde e ambicionar algo além do que foi estabelecido por Deus para nós (Rm 12:3). O Senhor precisa de homens que O adorem e O honrem, e que estejam abertos à correção e dispostos a cumprir Sua vontade.

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A boa-nova de Deus

Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas! (Rm 10:15b)

Rm 7:1-6; 8:8; 1 Co 2:14; Ef 4:22; Cl 2:14; 1 Pe 2:24


A Epístola aos Romanos traz-nos a revelação do evangelho de Deus, a boa-nova de Deus para o homem (Lc 2:10-11). Como veremos nesta semana, essa revelação é algo maravilhoso! Estávamos mortos em nossos delitos e pecados, pois fomos concebidos em pecado, e o nosso destino era a ira de Deus e a morte (Rm 6:23; Ef 2:1, 3). Como resultado, não tínhamos esperança; estávamos sem Deus no mundo (v. 12), tendo a carne, o velho homem e o ego como nossos piores empecilhos para servirmos a Deus (Rm 8:8; Ef 4:22; 1 Co 2:14). Até mesmo a lei, por estar enferma pela carne, não tinha eficácia ou poder para vencê-lo (Rm 8:3a). Todavia, no livro de Romanos, o apóstolo Paulo mostra que o Filho de Deus veio da descendência de Davi, segundo a carne, filho de Maria (Rm 1:3; Lc 1:30-33) e, como homem, morreu na cruz em nosso lugar, trazendo-nos a salvação e a redenção. Aleluia!

Por amor ao homem, o Senhor Jesus veio em semelhança da carne pecaminosa (Rm 8:3). Como homem, Ele foi tentado em todas as coisas à nossa semelhança, mas sem pecado (Hb 4:15). Durante Seu viver na terra, tudo o que fazia era em comunhão e submissão ao Pai; Ele nada fazia de Si mesmo, pois desceu do céu não para fazer a Sua própria vontade, e sim a Daquele que O enviou (Jo 5:19; 6:38). Assim, como homem, Ele venceu a carne!

Além do pecado e da carne, há o problema do velho homem. Segundo o que o apóstolo Paulo disse em Romanos 7, todos nascemos "casados" com esse "marido", que nos induzia a viver e agir segundo a vida pecaminosa. Porém esse velho homem, esse antigo marido, já morreu com o Senhor, na cruz (vs. 1-6). Por meio da morte de Cristo, fomos libertos da velho homem e, consequentemente, do pecado e da morte. Quando foi crucificado, Jesus dependurou todas essas coisas no madeiro e nos libertou (Rm 6:6; Cl 2:14; 1 Pe 2:24). Mas para que fomos libertados? Para seguir o novo e legítimo "marido", o Senhor Jesus Cristo, e andar em novidade de vida. Ao crer no Senhor, fomos justificados mediante a fé e temos paz com Deus. Fomos também reconciliados com Ele mediante a morte de Seu Filho; não somos mais inimigos de Deus e diariamente podemos ser salvos pela Sua vida (Rm 5:1, 10). Agora cabe a nós invocar o nome do Senhor para desfrutarmos da plena salvação e da transcendente lei do Espírito e da vida, que nos livra de toda condenação (7:4, 8:1-2; 2 Co 11:2).

Com base na maravilhosa redenção realizada pelo Senhor Jesus, não apenas fomos salvos, mas também ganhamos uma nova vida pela regeneração e nos tornamos filhos de Deus. Contudo não devemos nos contentar em ser somente "filhos pequenos" (téknon, em grego), mas prosseguir até nos tornarmos "filhos maduros"(huiós, em grego), pois fomos predestinados para filiação (huiothesía, em grego - Ef 1:3-5; Rm 8:16-17). Em outras palavras, não podemos continuar na condição de "crianças espirituais", mas devemos avançar para o patamar de herdeiros, aptos para administrar a herança do Pai e fazer a Sua vontade (Gl 4:1-7).

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

Reconciliação com Deus (2)

De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus (2 Co 5:20)

Mt 27:51; Rm 1:9; Hb 6:19; 9:2, 7; 13:13


Estando já reconciliados com Deus mediante a morte de Cristo, representada pelo altar de holocausto, na figura do tabernáculo, passamos pelo átrio, rumo ao Santo Lugar a fim de servir a Deus. Ali havia três mobílias: o candelabro de ouro, a mesa com os pães da presença e o altar de incenso (Hb 9:2; Êx 37:10, 17, 25). Entretanto o objetivo de Deus ao nos reconciliar com Ele não era que parássemos nessa parte do tabernáculo, mas que chegássemos até o Santo dos Santos.

No Antigo Testamento, era proibido entrar no Santo dos Santos. Somente o sumo sacerdote, uma vez ao ano, poderia fazer isso (Hb 9:7). Mas, quando Cristo morreu na cruz, o véu foi rasgado de alto a baixo (Mt 27:51). Dessa forma, o que isolava o homem de Deus foi rasgado, abrindo-se o caminho para o Santo dos Santos. Por isso Deus hoje chama a todos nós para que nos reconciliemos com Ele no Santo dos Santos, isto é, em nosso espírito humano regenerado. Não é suficiente só o fato de estarmos na vida da igreja, representada pelo Santo Lugar, envolvidos em atividades; antes, precisamos servir em nosso espírito (Rm 1:9). Para isso, devemos invocar o nome do Senhor para assegurar-nos de que tudo que fazemos é segundo o guiar do Espírito de Deus.

A maioria dos cristãos só experimentou a primeira reconciliação, mas ainda não se reconciliou com Deus no Santo dos Santos. Somente os que vivem no Santo dos Santos, no espírito, chegarão à condição de filhos maduros de Deus. Estes, antes de sair para servir o Senhor fora do arraial, a fim de pregar o evangelho, devem ir a Ele além do véu (Hb 6:19; 13:13). Sendo assim, no começo do dia, a primeira atitude é ir além do véu, entrar no Santo dos Santos, estar na presença do Senhor e encher-nos da Sua glória. Depois disso saímos do arraial para servir. Esse é o serviço que agrada ao Senhor.

A segunda reconciliação, portanto, acontece em nosso espírito, o Santo dos Santos hoje. Era a isso que o apóstolo Paulo se referia ao escrever: "Muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida" (Rm 5:10b). A primeira reconciliação aconteceu mediante a morte de Cristo. Não temos mais dívidas com a Lei. Todavia, depois de reconciliados, ainda há um "muito mais". A partir da primeira reconciliação podemos avançar, isto é, "seremos salvos pela Sua vida". Essa salvação pela vida divina é a salvação orgânica, diária, que visa amadurecer e capacitar-nos para reinar com o Senhor no mundo que há de vir.

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

Reconciliação com Deus (1)

Também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação (Rm 5:11b)

Jo 3:6; Rm 8:6-11


A salvação completa de Deus pode ser vista, também, sob três estágios relacionados às três partes do homem - espírito, alma e corpo. Quando cremos no Senhor Jesus, nosso espírito recebe o Espírito de Deus (Jo 3:6). À luz da Epístola aos Romanos vemos que: "Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça" (8:10). Quando invocamos o nome do Senhor, a primeira parte de nosso ser a receber vida é o espírito. Após a salvação do espírito, temos a salvação da alma, cuja parte principal é a mente. A salvação da alma ocorre conforme descreve o versículo 6: "Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz". Conforme o original, esse versículo é mais bem traduzido para: “A mente colocada na carne é morte, mas a mente colocada no espírito é vida e paz". Para que nossa mente seja posta no espírito, precisamos invocar o nome do Senhor. O resultado é vida para a alma. Com esse contínuo exercício, nossa alma será salva.

Finalmente nosso corpo em contato com o Espírito também receberá vida: "Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita" (v. 11). O corpo, portanto, é a derradeira parte a ser salva pelo Espírito. Podemos ver isso em nosso dia a dia. Algumas vezes, quando chegamos em casa, sentimos dor de cabeça ou cansaço físico e não temos vontade de ir à reunião da igreja. Quando, no entanto, insistimos em ir à reunião, tudo desaparece. Quanto mais no espírito vivemos, mais vida ganhamos em nosso corpo mortal, por meio do Espírito que em nós habita. Isso é ser salvo pela vida (v. 10b).

Ao ler 2 Coríntios 5, conseguimos entrar nessa profunda verdade da reconciliação: "Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus" (vs. 18-20). Por que o apóstolo Paulo roga novamente para nos reconciliarmos no versículo 20, se já havia afirmado que Deus nos reconciliou no versículo 18? Eis aqui mais uma profunda verdade contida nessa epístola. A primeira reconciliação foi mediante a morte de Cristo na cruz, isto é, a redenção judicial, onde é resolvido o problema do pecado. A segunda reconciliação, porém, ocorre pelo contínuo dispensar da vida do Filho de Deus em nós, fazendo-nos crescer em vida. Essa é uma reconciliação adicional.

Portanto, na reconciliação judicial, temos paz com Deus (Rm 5:1), uma vez que as altíssimas exigências da lei foram satisfeitas por ter Cristo derramado Seu sangue na cruz. Não temos mais qualquer demanda com a lei, uma vez que Cristo nos substituiu. Uma vez reconciliados judicialmente, estamos prontos para a etapa seguinte de nossa reconciliação!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O primeiro aspecto da salvação

Nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho (Rm 5:10a)

Rm 5:1; 8:1, 17, 19

No versículo 15 de Romanos 8 lemos: "Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai". Segundo o original grego, a palavra "adoção" nesse versículo é huiothesía, que é mais bem traduzida por "filiação". Quando nascemos de novo, recebemos a vida eterna, que nos permite chamar Deus de Pai: "Aba, Pai!".

No versículo 16 temos: "O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus". Ainda que o inimigo venha nos acusar quando erramos, há um testemunho dentro de nós: "Você é um filho de Deus"! O Senhor veio da descendência de Davi para tratar com a nossa natureza caída. Basta nos arrepender e pedir perdão a Ele. Se ainda somos crianças espiritualmente, não fiquemos desencorajados, pois somos também herdeiros (v. 17). Precisamos nos dar conta de que somos herdeiros, vamos herdar o reino de Deus. Por isso precisamos permanecer na vida da igreja, exercitar o espírito, invocando o nome do Senhor, negar a vida da alma, servir o Senhor, pregar o evangelho do reino, desfrutar a Palavra do Senhor e espontaneamente cresceremos na vida divina.

A salvação de Deus, apresentada em Seu evangelho, tem dois aspectos importantes. O primeiro é a redenção judicial, pois tem a ver com a solução de um problema legal, isto é, relacionado à Lei de Deus. O segundo é a salvação orgânica, que diz respeito à nossa contínua salvação por meio da vida divina. Nos versículos 10 e 11 de Romanos 5, temos esses dois aspectos. No lado judicial, os pecadores têm um "processo" na justiça que precisa ser quitado. Deus quer fazer de todo homem Seu filho; para tal, Ele quer dar Sua vida aos homens. Mas, antes de fazer isso, é necessário resolver esse problema legal, chamado pecado. Deus, por ser santo e puro, não podia aproximar-se de nós, pecadores. A lei de Deus do Antigo Testamento é muito severa e mostrava que o homem pecador tinha um problema com a justiça de Deus. Romanos 8:3-4 diz: "Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito". Se recorrermos ao original grego, a palavra "preceito" corresponde aos justos requisitos da lei, ou às justas exigências da lei. Ou seja, a lei de Deus tem uma exigência, uma demanda, uma cobrança. Quem consegue satisfazê-la?

Todos nós pecamos e, segundo a lei, o salário do pecado é a morte (6:23). Quem consegue se livrar disso? Deus quer nos dar Sua vida, mas Sua lei se põe no caminho. Por isso Ele enviou Seu Filho, Jesus Cristo, para cumprir a lei e tirar do caminho a cobrança da lei, a fim de que pudéssemos receber a vida divina. Em Romanos 5:10 vemos que "se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida". Estávamos distantes de Deus, éramos Seus inimigos, pecadores e rebeldes. O Senhor Jesus, entretanto, mediante Sua morte, nos reconciliou com Deus. Dessa forma, a parte legal, judicial, foi satisfeita, pois a morte de Jesus cumpriu para Deus todos os justos requisitos da lei (Hb 9:22). Visto que Cristo morreu em nosso lugar, quando aceitamos o que Ele fez por nós, para Deus é como se nós tivéssemos morrido. Assim, mesmo que alguém tenha sido o pior inimigo de Deus, quando invoca o nome do Senhor, se arrepende de Seus pecados e crê Nele, tudo o que Deus fez por meio de Jesus se aplica a esse pecador. A cruz, a morte do Senhor, nos reconciliou com Deus. Esse é o primeiro passo da reconciliação: estamos em paz com Deus e fomos justificados (Rm 5:1).

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Os dois estágios dos filhos de Deus

Todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus (Rm 8:14)

Mt 16:24; Rm 6:6; 7:1-3; 8:13; Hb 2:5-8


Ao receber o evangelho da graça, recebemos o perdão de pecados e a vida divina. A partir de então precisamos crescer em vida. Para isso, o Senhor nos colocou na vida da igreja, um ambiente dinâmico e cheio de vida. Nela, duas coisas devem acontecer. Primeiro, é necessário negar a nós mesmos (Mt 16:24); segundo, somos aperfeiçoados, servindo o Senhor, para que, um dia, governemos no mundo que há de vir (Hb 2:5-8). Nessa saudável vida da igreja, praticamos a palavra do Senhor, invocamos Seu nome, temos graça para negar nossa vida da alma, para ganhar mais da vida divina, obtendo, assim, a vida abundante do Filho de Deus. Um ambiente assim leva-nos ao amadurecimento.

Para compreender melhor o desejo de Deus, vamos ler alguns versículos em Romanos que esclarecerão esse processo de crescimento de vida: "Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus" (8:14). A palavra "filhos" no grego é huiós, que significa um filho já maduro. Portanto, todos aqueles que vivem no espírito, são esses filhos maduros guiados por Deus. Pelo fato de ter a palavra do Senhor e invocar Seu nome, essas pessoas se tornam sensíveis ao guiar do Espírito; são os filhos maduros de Deus.

O versículo 16 diz: "O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus". A palavra grega para "filho", nesse versículo, diferente do versículo 14, é téknon, que significa criança. Trata-se de um filho de Deus ainda imaturo. Então podemos ver que, em nosso crescimento espiritual de vida, há duas etapas, ou dois estágios. Irmãos novos ou recém-salvos ainda são téknon. No entanto, alguns que já foram regenerados há bastante tempo continuam sendo téknon, por não terem se alimentado o suficiente da Palavra nem terem negado a si mesmos.

Um filho de Deus ainda criança não poderá reinar no mundo que há de vir. Se um pai que tem riquezas entregar sua herança ao filho menor de idade, este não conseguirá administrar bem a herança que recebeu. Para isso, o filho tem de amadurecer. É salutar, hoje, no viver da igreja, visitar os irmãos e ter reuniões nas casas de oração, para que os irmãos ao nosso redor possam crescer em vida.

No capítulo sete de Romanos, o velho marido, com quem todos nós estávamos casados, é o nosso velho homem (Rm 6:6; cf. 7:1-3). Ele corresponde à carne, ao ego, à vida da alma que nos escraviza, subjugando nosso corpo para praticar o pecado. Mas, graças ao Senhor, temos outra vida em nós, temos o novo marido, isto é, Cristo em nosso espírito regenerado. O velho marido já foi crucificado. Hoje temos de mortificar os feitos do corpo através do Espírito que habita em nós (8:13). Como consequência, passamos a ser filhos de Deus, "huiós ", guiados pelo Espírito (v. 14).

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O evangelho do reino

Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória (CI 3:4)

Jo 1:1, 14; 1 Co 10:15; CI 2:9; 1 Tm 2:5; 1 Pe 1:3


O segundo aspecto do evangelho diz respeito a Jesus, como o Filho de Deus, dando-nos a vida divina. Ele "foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos" (Rm 1:4).

Pelo fato de nossos pecados terem sido perdoados, hoje temos direito de participar da vida de Cristo, através de comer e beber Dele (Jo 6:57; 4:14). Muitos cristãos precisam ouvir não só que seus pecados foram perdoados e estão salvos da perdição eterna, mas também que precisam crescer em vida até ser vencedores. Quando veio como descendente de Davi, Jesus introduziu a divindade na humanidade (CI 2:9). Deus se tornou um Homem (Jo 1:1, 14), e isso foi um grandioso milagre. Em seguida, foi à cruz e morreu. Mas, ao terceiro dia, Ele ressuscitou e depois ascendeu aos céus, e, pela primeira vez, na história da humanidade, um homem entrou na glória. Dessa forma, Cristo introduziu a humanidade para dentro da divindade.

A ressurreição de Jesus é a maior prova de que Sua obra na cruz foi aceita por Deus. A nossa esperança está na ressurreição de Cristo. Em 1 Pedro 1:3 vemos que fomos regenerados para uma viva esperança. Cristo, então, tornou-se o Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2:5). Hoje há um homem no céu. Por um lado, o Senhor Jesus está no céu, entronizado; por outro, está na terra, cuidando das igrejas, Seus candelabros de ouro (Ap 1:11-13).

Jesus Cristo é Deus, mas também é um Homem. Em ressurreição Ele foi designado Filho de Deus como homem, apesar de Ele já ser Filho de Deus em espírito. Quando Ele veio à terra era o Filho unigênito de Deus (Jo 1:14, 18), mas, quando ressuscitou, se tornou o Filho primogênito de Deus (cf Jo 20:17). Em ressurreição, Ele foi designado Filho de Deus. Pela primeira vez um homem foi designado Filho de Deus: "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos" (Rm 8:29), como também vemos em Colossenses 1:15: "Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação". Quando Ele ressuscitou, nós ressuscitamos com Ele (Ef 2:5-6). Isto é, nós fomos aceitos pelo Pai. Por isso é que, em ressurreição, temos Jesus Cristo como o Filho de Deus, dispensando-nos a vida de Deus. Isso se relaciona com o evangelho do reino. Dessa forma, o evangelho de Deus não visa somente salvar-nos, mas, por meio da vida divina com a qual fomos regenerados, fazer-nos crescer dia a dia até à maturidade.

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O evangelho da graça

No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! (Jo 1:29). Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado (1 Co 5:7)

Gn 3:7, 21; Lv 1:3-17; Rm 3:23


Além de Jesus, não havia ninguém apto a substituir-nos, pois todos os homens pecaram e careciam da glória de Deus (Rm 3:23). Por causa disso, no Antigo Testamento Deus fez uma provisão temporária por meio do sacrifício de animais para justificar o homem e evitar que este morresse.

Logo no início, em Gênesis, conseguimos ver essa provisão temporária. Depois de Adão e Eva desobedecerem a Deus, esconderam-se e fizeram das folhas de figueira vestimentas para cobrir a nudez (3:7). Deus, no entanto, quando foi ter com eles, substituiu aquela vestimenta por peles de animal (v. 21). Essa segunda veste é um símbolo da justificação. Para cobrir o homem com peles de animal, certamente esse animal morreu. Assim, temos uma figura de Cristo como o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1:29). Cristo é nossa verdadeira veste de justiça, conforme lemos em Gálatas 3:27: "Porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes". O sangue que esse animal derramou no jardim do Éden representa o sangue que Jesus derramou na cruz. A pele representa Cristo como nossa justiça hoje. Quando olha para nós, Deus não vê mais nossa nudez, e sim Cristo nos revestindo.

Tempos depois, na era da Lei, o sacrifício de animais tornou-se a maneira de o homem ser justificado. Quando o homem pecava, ele tinha de levar um animal ao tabernáculo. Se era uma pessoa de posses, poderia levar um novilho ou um carneiro (Lv 1:3-13). Se não, levaria uma pomba, ou mesmo uma rola. Em seguida, o ofertante, o pecador, punha a mão sobre o animal, identificando-se com ele, como que passando para ele seus pecados (vs. 14-17). Após a transferência do pecado, o próprio ofertante imolava o animal. Quando o animal morria, O sangue dele era derramado, indicando que, diante de Deus, era como se o pecador tivesse morrido e o sangue dele derramado. O sacerdote, por sua vez, aspergia o sangue ao redor do altar e colocava ali os pedaços do sacrifício para ser queimados, significando que sua pessoa era queimada. Quando aspirava a fumaça, Deus, por Sua vez, se agradava e se reconciliava com o pecador.

Para ser nossa real oferta pelo pecado, Cristo teve de vir, primeiramente, como descendente de Davi, como homem, para resolver o problema do pecado. Quando recebemos o Senhor Jesus, experimentamos Cristo como nosso substituto na cruz. Louvado seja o Senhor! Podemos orar: "Senhor Jesus! Nós pecamos e deveríamos morrer, mas, muitíssimo obrigado, ó Deus, por Tua provisão, substituindo-nos na cruz, concedendo-nos Teu perdão e graça! Amém!".

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O evangelho de Deus

Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus (Rm 1:1)

Mt 1:18; Rm 1:1-4; Hb 4:15; 9:22


Nesta semana, daremos continuidade à Epístola de Paulo aos Romanos. Essa epístola é um dos livros mais profundos, que aborda a salvação completa de Deus e tem como tema principal o evangelho de Deus.

Como o tema desse livro é o evangelho de Deus e ele é precedido dos quatro evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João -, é também considerado o quinto evangelho. Essa epístola aborda todos os aspectos da plena salvação de Deus. Vemos nos primeiros capítulos uma bela exposição acerca do evangelho da graça, e, ao final, do evangelho do reino. Romanos é um livro que nos apresenta o evangelho completo. Para extrair vida de suas preciosas verdades, é necessário ter uma mente lúcida, capaz de ter um conhecimento claro das verdades e, ao mesmo tempo, invocar o nome do Senhor. Essa prática nos ajudará a compreender as verdades, exercitando nosso espírito. Caso contrário, nos perderemos em discussões teológicas e doutrinárias.

Podemos afirmar que a experiência provém do conhecimento. À medida que conhecemos a Palavra e temos experiências, a verdade será consolidada em nosso interior, formando um conteúdo consistente. Isso será como um "combustível" queimando dentro de nós, mantendo nosso espírito sempre fervoroso (Rm 12:11). No início da Epístola aos Romanos o apóstolo Paulo define o tema desse livro - o evangelho de Deus: "Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus, o qual foi por Deus, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras" (1:1-2).

Esse evangelho diz "respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi" (v. 3). O evangelho não é composto somente de palavras, histórias ou doutrinas; o evangelho é uma pessoa viva, Jesus Cristo, que é apresentado em dois aspectos: como Filho do Homem, o descendente de Davi; e como Filho de Deus, por meio da ressurreição (v. 4).

Como Filho do Homem, participando de carne e sangue, Ele não veio diretamente de Davi, mas de Maria e José, que descendiam de Davi, conforme lemos: "Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa (8:3)". Ele veio em carne e osso, com todos os sentimentos humanos, até mesmo sujeito às tentações. Contudo Ele não pecou! Assim, Ele pôde compadecer-se de nós, os pecadores (Hb 4:15). Davi é um representante típico de todos nós, os pecadores. Ele cometeu muitos pecados, dentre eles, o da fornicação e adultério (2 Sm 11:1-5), e também foi homicida (vs. 14-25). Para Deus salvar o homem, à luz da Lei, alguém deveria morrer para haver remissão de pecados (Hb 9:22). Assim, Cristo veio em carne, como um descendente de Davi, mas sem pecado. Um homem perfeito, para morrer por nós e conceder-nos o perdão e a justificação.

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Justificados e reconciliados

Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida (Rm 5:10)

Rm 4:1-3; 5:1-9; 6:1-6; 8:15


Vimos ontem que, embora todos os homens tenham pecado, Deus entregou o Seu próprio Filho como substituto para ser sacrificado em nosso lugar, a fim de nos justificar. Paulo desenvolve o assunto da justificação no capítulo 4 do livro de Romanos, quando fala da experiência de Abraão. Não se trata de fazer grandes obras que possam ser reconhecidas por Deus. Tudo o que Abraão fez foi crer. Esse é o nosso grande "segredo": ter fé em Deus e não confiar em nós mesmos. Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça (v. 3). Da mesma forma, tudo o que precisamos fazer é crer na obra de Cristo por nós. Quando nós cremos e confessamos, tudo aquilo que aconteceu com Cristo se torna nossa realidade, e somos justificados não por obras, mas pela fé (5:1; Gl 2:16).

Além disso, "Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5:8). Por meio desse versículo temos clareza de que não recebemos a salvação por mérito nosso; ela é obra do imenso amor que Deus tem por nós. Por causa desse grande amor, não estamos mais debaixo da Sua ira. Antes, por intermédio de Cristo, não apenas fomos justificados pelo Seu sangue, como também fomos reconciliados com Deus (vs. 9-10).

Uma vez reconciliados, hoje podemos clamar "Aba, Pai" (8:15). Deus deseja que Seus filhos sejam completamente salvos pela Sua vida (5:10). Isso significa que, embora tenhamos sido feitos Seus filhos, ainda precisamos crescer em vida até alcançarmos a maturidade. Esse é o evangelho que Paulo nos mostra na carta aos romanos: não uma mera teoria, mas a própria vida de Deus crescendo em nós e nos preparando para reinar com o Senhor.

O capítulo 6 de Romanos fala da nossa identificação com Cristo em Sua morte e ressurreição. Já vimos que todos nós nascemos com uma carne pecaminosa. Portanto a única maneira de sermos libertos do pecado é tendo nossa carne crucificada. Graças ao Senhor, quando Cristo morreu na cruz, nossa carne foi crucificada com Ele, e morremos para o pecado (v. 3). O versículo 4 nos fala da "morte pelo batismo". Todos precisamos passar por essa experiência: não apenas crer na morte e ressurreição do Senhor, mas sermos batizados para sepultar definitivamente nosso velho homem. Esse é um testemunho que todos damos de que nosso velho homem agora está sepultado, e hoje temos uma nova vida com Cristo. Nos versículos 5 a 10 vemos que, assim como nosso velho homem foi crucificado juntamente com Cristo, nós, que também ressuscitamos com Ele, podemos viver para Deus.

(Palavra Extraída do Alimento Diário)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A obra de Cristo como nosso substituto

Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 5:1)

Jo 1:11; At 14:27; Rm 2:28-29; 3:1-10; 2 Co 11:3; Hb 10:19-20


No capítulo 2 de sua Epístola aos Romanos, Paulo mostra que o julgamento de Deus não é segundo o padrão moral e ético dos homens, mas segundo a verdade (vs, 1-3). Muitas vezes somos tentados a julgar essa ou aquela pessoa, mas o único que está em condições de julgar é Deus, pois Ele é a própria verdade e julga de forma imparcial (v. 11). Por essa razão, não deveríamos apontar os defeitos dos outros. Ao nos depararmos com uma situação que não é adequada, devemos orar ao Senhor para que Ele traga luz às pessoas envolvidas. Pelo poder do evangelho cremos que toda situação anormal pode ser restaurada à normalidade.

A partir do versículo 17 do mesmo capítulo, Paulo dirige a palavra especialmente aos judeus. Pelo fato de terem se apegado à lei de Moisés e às tradições, os judeus não receberam o Senhor quando Ele esteve na terra (Jo 1:11) e, mesmo após a ressurreição de Jesus, muitos ainda resistiam ao evangelho, razão pela qual essa porta foi aberta aos gentios (At 14:27). Hoje precisamos ter cuidado com a nossa situação espiritual: muitas vezes, com o passar do tempo, perdemos a simplicidade e pouco a pouco nos tornamos complicados (2 Co 11:3). Por isso, conforme os anos vão passando, precisamos pedir ao Senhor para nos manter simples. Além disso, Paulo nos mostra que o que realmente importa para o Senhor não é a aparência ou o simples conhecimento teórico, mas a realidade do que somos em nosso coração (Rm 2:28-29).

No capítulo 3, Paulo continua discorrendo sobre a vantagem que o povo judeu tinha sobre os demais povos. Uma grande vantagem é que eles tiveram, desde o Antigo Testamento, os profetas que traziam os mandamentos e as palavras da parte de Deus (v. 2). No entanto o que representava um benefício no início acabou se tornando um empecilho para que eles cressem nas palavras de Jesus, pois haviam se tornado orgulhosos como quem já sabia muita coisa. Esse também é um alerta para nós: jamais podemos deixar que o orgulho tome conta do nosso coração. A nossa atitude deve ser a mesma do nosso Senhor, que foi humilde e obediente em todas as circunstâncias (Fp 2:5-8). Paulo ainda nos mostra que tanto judeus quanto gentios estão debaixo do pecado e não há justo, nem um sequer (Rm 3:9-10). Por esse motivo, Deus nos proveu a salvação por meio de Seu Filho (v. 24)

Como pecadores, todos nós merecíamos a morte como forma de expiar os nossos pecados. Mas como poderíamos morrer e ainda ser úteis a Deus? Por esse motivo, Ele providenciou um substituto para o homem. No Antigo Testamento o pecador deveria se identificar com um animal que seria imolado e oferecido como sacrifício a Deus. Mas no Novo Testamento o próprio Cristo foi morto em nosso lugar para nos justificar. Também fomos santificados, isto é, separados de tudo o que é desse mundo (1 Co 6:11). Dessa forma, hoje podemos servir ao Senhor e ainda temos o livre acesso à presença de Deus no Santo dos Santos (Hb 10:19- 20). De nossa parte, bastou-nos crer com o coração e confessar com a boca para que recebêssemos a salvação (Rm 10:9, 13). Aleluia! Esse evangelho é maravilhoso!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Estudo Biblico Online - O Evangelho parte1

O evangelho é o poder de Deus

Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego (Rm 1:16)

Rm 1:5-6, 17, 24-32; 2:1-3, 11; 3:23; 6:23; 10:9


Ontem vimos que esse evangelho não visa apenas ao perdão dos pecados, mas o objetivo final é nos conduzir à plena filiação, isto é, à completa maturidade na vida divina.

O apóstolo Paulo recebeu, da parte de Deus, o apostolado para os gentios. Porque conhecia o poder de salvação que há no evangelho de Deus para todo o que nele crê, ele não se envergonhava do evangelho (Rm 1:5-6, 16).

O ato de crer é um exercício da fé (v. 17). Quando invocamos o nome do Senhor, podemos fazê-lo apenas de boca ou podemos invocar com realidade, crendo no nosso coração (10:9). Aqui temos um importante princípio: em nosso serviço ao Senhor, quando pregamos o evangelho, devemos levar as pessoas a crer com o coração e confessar com a boca o nome do Senhor Jesus: Ó Senhor Jesus! Todas as coisas devem ser feitas exercitando a fé. Essa é a maneira pela qual o evangelho pode salvar todo aquele que crê!

Nos versículos seguintes Paulo expõe a situação do homem sem fé em Deus (1:18-32). Com a queda do homem o pecado entrou na humanidade, por isso todos nascem no pecado e cometem pecados (3:23). Alguns, no entanto, mesmo tendo conhecimento de Deus, não atentam para a necessidade de se voltar a Ele. Pelo contrário, mantêm um viver pecaminoso e inconveniente. Nesse cenário não há esperança para o homem, pois o salário do pecado é a morte (6:23). Quanto mais peca, mais morte acumula para si. Mas, graças ao Senhor, Ele veio e cumpriu as exigências de Deus, a fim de nos livrar do pecado e nos dar uma nova vida.

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O evangelho completo

Aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou (Rm 8:30)

Rm 1:1-4; 6:6; 8:17; Hb 2:18; 4:15; 5:8


Apesar de a Epístola de Paulo aos Romanos ter sido escrita após as epístolas aos coríntios, ela foi inserida na Bíblia logo após os evangelhos e o livro de Atos, pois seu conteúdo se refere ao evangelho de Deus (Rm 1:1).

Vimos que esse evangelho diz respeito ao Filho de Deus. Não se trata de uma doutrina ou de uma mensagem que pregamos, mas do próprio Senhor Jesus. Em Romanos, o Filho nos é apresentado em dois aspectos: como Filho do Homem e como Filho de Deus. Primeiramente, em relação à Sua humanidade, Ele é o descendente de Davi (v. 3). Ao ser concebido pelo Espírito Santo no ventre de Maria, Ele recebeu um corpo em semelhança de carne pecaminosa, mas sem pecado (Hb 4:15). Se Jesus não tivesse tomado a forma humana, Ele jamais poderia salvar o homem. Mas, enquanto esteve na terra, Ele viveu como um de nós e foi tentado em todas as coisas. Por isso hoje pode se compadecer de nossas fraquezas (2:18). Mesmo sendo Filho de Deus, Ele aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu (5:8) e foi obediente até a morte na cruz (Fp 2:8). Quando foi crucificado, a nossa carne foi à cruz com Ele, e ali nosso velho homem também foi morto (Rm 6:6), para que hoje pudéssemos receber a vida de Deus. Ao ressuscitar, Jesus como Homem, foi recebido na glória como Filho de Deus (At 13:33). Aleluia! Dessa maneira, Ele abriu caminho para que todos nós recebêssemos também a filiação (Rm 8:17).

Dessa forma, a carta aos Romanos nos mostra a experiência de Cristo como Homem que venceu o pecado na cruz, crucificando com ele a nossa carne pecaminosa. Por outro lado, mostra que Jesus, após a Sua ressurreição, foi o primeiro homem a receber a plena filiação e ser introduzido na glória de Deus. Hoje Ele deseja nos fazer filhos maduros, para no futuro estarmos aptos a reinar com Ele no mundo vindouro. Por isso, quando nós cremos e invocamos o nome do Senhor, desfrutamos de todas as riquezas de Cristo. Essas são as boas-novas que Paulo registrou na Epístola aos Romanos. Esse é o evangelho completo!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

O pano de fundo da Epístola de Paulo aos Romanos

Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas (2 Co 5:17) . Agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum dano sofrêsseis. Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte (7:9-10)

Rm 15:26-28; 1 Co 5:1-7; 2 Co 2:5-13; 7:5-16


No volume anterior vimos que a Epístola de Paulo aos Romanos fala a respeito do evangelho de Deus (Rm 1:1). Hoje veremos os acontecimentos que antecederam o envio da carta aos romanos.

Cronologicamente, essa carta foi escrita após as duas epístolas que Paulo escreveu aos coríntios. A primeira delas foi escrita em Éfeso, visando corrigir alguns problemas que havia entre os irmãos de Corinto. O apóstolo registra de maneira específica uma situação de tamanha imoralidade que sequer poderia ser tolerada entre os gentios (1 Co 5:1). Por essa razão, as palavras de Paulo soaram bastante duras, inclusive no sentido de repreender os líderes da igreja por não terem tratado tais assuntos com a devida seriedade (vs. 2, 6-7).

No entanto, após haver enviado essa primeira carta aos coríntios por meio de Tito, Paulo demonstrou preocupação pelo efeito que suas palavras poderiam ter causado nos irmãos (2 Co 2:13). Quando finalmente se reencontrou com Tito na Macedônia, a reação do apóstolo foi de muita alegria, pois os irmãos se arrependeram e manifestaram o desejo de recebê-lo novamente entre eles (7:5-10). Mesmo aquele irmão que cometera o ato imoral com sua madrasta havia demonstrado arrependimento e estava sendo novamente acolhido pelos demais irmãos (2:5-8). O próprio Tito havia sido encorajado pela igreja em Corinto (v. 13). Graças ao Senhor por isso! Nessa situação podemos ver o alcance do amor de Deus e do Seu perdão para com todos, até o mais vil pecador. Pela experiência desse irmão nós aprendemos que todos os que erram, merecem uma chance de arrependimento.

Ainda enquanto esteve na Macedônia, Paulo escreveu a Segunda Epístola aos Coríntios e, pouco tempo depois, partiu para Corinto ao encontro dos irmãos. Foi ali, em meio aos irmãos que haviam restaurado o viver normal da igreja, que ele escreveu a carta aos romanos, no qual relatou a sua intenção de ir a Jerusalém e, posteriormente, passar por Roma no caminho para a Espanha (Rm 15:26-28).

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

Purificados para servir ao Deus vivo

Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo! (Hb 9:14)

Rm 1:8-9; 2 Co 5:18-19; Cl 1:13


Romanos 1, a partir do versículo 8, diz: "Primeiramente, dou graças a meu Deus, mediante Jesus Cristo, no tocante a todos vós, porque, em todo o mundo, é proclamada a vossa fé. Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como incessantemente faço menção de vós". Tínhamos a necessidade de justificação porque nossa situação diante de Deus era injusta. Não nos era permitido aproximar-nos de Deus. Mas o sangue do Senhor Jesus nos purificou, e Sua cruz nos santificou. Aleluia! Precisamos servir a Deus no espírito.

Deus nos libertou do império das trevas e transferiu-nos para o reino do Filho do Seu amor. (CI 1:13). Nós, pecadores, mas escolhidos por Deus, uma vez santificados, podemos entrar no tabernáculo. Isso é maravilhoso! Não precisamos, nos dias de hoje, de animais para nos representar na expiação porque já temos o sangue de Cristo! Ao aceitar esse fato, cremos que Ele já derramou Seu sangue por nós e nos justificou. A seguir, passamos pela "bacia", fomos lavados e santificados pelo Seu Espírito. Então, "atravessamos as cinco colunas" e, enfim, tornamo-nos aptos para entrar no "Santo Lugar" e servir a Deus!

O homem que deseja servir a Deus precisa passar por todo esse processo de justificação e santificação, arcando com a responsabilidade de entrar no "Santo Lugar". Não mais estamos numa posição comum. Deus tem-nos dado a incumbência de pregar o evangelho a fim de reconciliar os homens com Ele, tirando-os do mundo, levando-os para o "átrio" e, em seguida, trazendo-os para o "Santo Lugar".

O livro de Romanos vem nos mostrar como servir a Deus. Para isso, mostra inicialmente que "todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Rm 3:23). Por isso o homem precisa de redenção, justificação e santificação. Passando por esses processos, pode assumir a responsabilidade de servir a Deus. Essa é a boa-nova! Aleluia!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

SIMPLESMENTE MUITO AMADOS

Os Escritos de João são verdadeiramente uma injeção de amor, comunhão e perseverança para nós cristãos. A forma doce e intensa que o apóstolo fala de como o amor de Deus se manifestou a nós por meio de Seu Filho Jesus é algo que realmente nos enche de vida e de alegria!

“(e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada), o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Cristo Jesus. Estas coisas, pois, vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa.” 1Jo 1:1-4

Nascemos apenas com uma certeza, a morte. Vivíamos longe, errantes e inimigos de Deus. Incompletos, sem esperança e ainda tínhamos que lidar com um vazio do tamanho da eternidade em nosso interior, dia e noite, sem que nada desse mundo nos pudesse preencher. Que prisão! Escravos do espaço, do tempo, dos pecados e da morte! Paulo, ao final do capítulo 7 de Romanos exclama: desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo dessa morte?(v.24). Uma guerra constante em nosso interior, pois há em nós o querer o bem, porém muitas vezes nos pegamos fazendo exatamente aquilo que mais odiamos.
Além disso, dentro de nós uma busca por coisas eternas, viver mais, medo de envelhecer, conhecer mais, ser jovem para sempre, felicidade completa e duradoura... Por outro lado, facilmente, sujeitos às inconstâncias temporárias das nossas emoções, em vinte e quatro horas, capazes de oscilar da extrema alegria à depressão profunda! Quem me livrará do corpo dessa morte?
Diante desse cenário caótico, João vem e nos diz:
(e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada)

A vida eterna, incriada, nossa esperança, estava oculta no Pai de gerações em gerações. Profetas receberam a revelação de que tal vida estaria acessível a nós, mas não a concretização da promessa. Anjos anelam perscrutar esse mistério, Cristo em nós! Eis uma boa notícia: vida se manifestou! E em seguida, vemos que temos acesso não apenas a essa vida eterna em nós, mas podemos ter a presença de Deus e ter comunhão com Ele: Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Cristo Jesus. Pai? Sim, de pobres, errantes e inimigos, fomos feitos filhos de Deus! Podemos clamar a Deus: Aba Pai! Pai querido!
E como tal milagre aconteceu na nossa vida? Obras? Boa pessoa? Não! Bastou-nos crer! Que graça! Que amor! Que misericórdia! Diante de tão grande maravilha, como não nos entregarmos ao Senhor Jesus, dando-lhe nossa vida, negando a nós mesmos?

Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; (Rm 5:10)

Estas coisas, pois, vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa. 1Jo 1:4


Bom Dia!

(Texto enviado pela irmã Anna Martins)

A realidade do altar

Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo Seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção (Hb 9:12)

Êx 29:10-12,15-21; Rm 5:6-11; Hb 9:22b


Conforme estudamos em séries passadas, encontramos na figura do tabernáculo vários sinais e figuras que indicam claramente o desejo de Deus para Seu povo. Enquanto o povo de Israel peregrinava pelo deserto, a adoração a Deus ocorria no tabernáculo, a habitação de Deus.

A Bíblia afirma que, sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados, razão pela qual existia na entrada do tabernáculo o altar do holocausto, com fogo constante para queimar as ofertas. Justo como Deus é, o correto seria o derramamento de sangue do próprio pecador. Contudo Deus também se mostra amoroso e, no mais profundo de Sua compaixão pelo homem, decretou em Sua lei que um animal morreria no lugar do pecador, e o sangue de um animal serviria para remissão dos pecados.

Assim, quando um israelita pecava, trazia ao altar touros, ovelhas ou pombas. Como forma de união do pecador com a oferta, o ofertante impunha as mãos sobre o animal, identificando-se com ele. Portanto, para ocorrer a expiação de pecados, era necessário o sacrifício de um animal, e seu sangue derramado ao redor do altar representava o sangue do pecador, sendo, também, aspergido para testemunho. Após o sacrifício, a carne do animal imolado era cortada em pedaços, colocada no altar e queimada até tornar-se cinzas. Durante esse processo, sem dúvida, uma fumaça subia, levando a Deus um aroma agradável. Aquele sacrifício O satisfazia, já que o pecado havia sido tratado, e, assim, um pecador se reconciliava com Ele.

Na nossa experiência, somos considerados imperfeitos e indignos de entrar no Santo Lugar e ter comunhão íntima com o Senhor. Por isso, em Romanos, vemos que é preciso que haja o sacrifício para alcançar a remissão dos pecados e transformar-se num servo de Deus. Sabedor de nossa condição, Deus preparou-nos um substituto. O Senhor Jesus veio como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Quando confessamos a morte do Senhor e reconhecemos que tudo o que Ele fez foi para nossa salvação, nossas transgressões são perdoadas. O altar do holocausto, portanto, representa a cruz, na qual Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores.

Nós, que antes éramos inimigos, agora fomos reconciliados com Deus. O Senhor Jesus resolveu o problema de nossos pecados uma vez por todas! Não temos mais a necessidade de imolar um animal para nos substituir! O sacrifício de Cristo não se repete, é único, perfeito e eficaz! Aleluia!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O castigo que nos trouxe a paz

Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm 5:8)

Is 53:5; Rm 5:6-9; 6:6; 7:18


Quando nascemos de nossos pais, herdamos deles uma natureza caída, que a Bíblia chama de carne. Essa carne para nada aproveita (Jo 6:63), sendo a fonte de nossos delitos e pecados. Por isso está debaixo da condenação de Deus, uma vez que em nós não habita bem nenhum (Rm 7:18).

Neste contexto, merecíamos morrer pela condenação que nos foi imposta. Porém o Senhor morreu em nosso lugar. Embora nascido da carne, descendendo de Davi, Nele não havia pecado algum. E essa carne foi levada à cruz, incluindo a nós, para um tratamento cabal. Portanto, quando cremos no Senhor Jesus, recebendo Sua obra na cruz, nossa carne também é aniquilada. Com Ele foi crucificado nosso velho homem (6:6).

Uma vez que cremos no nome do Senhor, experimentando Sua morte e ressurreição, somos feitos filhos de Deus (Jo 1:12). O ato de crer em Cristo, confessando-O como nosso Senhor e Salvador, resulta em que todas as coisas relativas ao pecado, mundo e ego foram crucificadas com Ele. Aleluia! O Senhor aniquilou nossa carne quando se dispôs a morrer por nós. Por nascer no Senhor, somos considerados filhos de Deus.

O sangue precioso de Cristo é suficiente para apagar o registro de nossos pecados. Aceitando a Cristo e a Sua obra redentora ganhamos a salvação. A esse aspecto do evangelho chamamos de evangelho da graça, pois mostra que por nós mesmos não há salvação, senão pela fé na obra gloriosa da cruz. Pela graça fomos salvos, e isso não vem de nós, é dom de Deus (Ef 2:8). Como pecadores, não tínhamos como nos justificar, mas Deus enviou Seu Filho para morrer em nosso lugar e cumprir a justiça de Deus. Uma vez aceito o sacrifício de Jesus, as exigências de Deus foram satisfeitas. Mediante tal redenção, obtivemos a justificação gratuitamente.

E ainda mais, não fomos tão somente justificados, mas também santificados, ou seja, separados por Deus para participarmos de Seu plano de salvação. Assim sendo, purificados pelo sangue remissor, justificados por meio da redenção e santificados em Cristo, temos paz com Deus.

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Jesus participou de carne e sangue

O Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai (Jo 1:14)

Rm 1:3; 1 Tm 3:16


Ontem vimos que o Senhor Jesus foi concebido pelo Espírito Santo por meio de Maria. Foi por meio dela que Cristo ganhou a forma humana, em semelhança de carne pecaminosa, mas sem o pecado (Rm 8:3). Como descendente de Davi, o Senhor foi gerado de Maria, tendo participação de carne e sangue (Hb 2:14).

Se não tivesse passado pelo processo de encarnação, Cristo nada poderia fazer para nos redimir. Assim como Davi, nós também estávamos mortos em nossos delitos e pecados. Em cada um de nós não habitava bem nenhum. Precisávamos de uma boa-nova, e eis que surge o Filho de Deus para nos resgatar e dar-nos vida.

A obra de salvação, no entanto, dependia da crucificação da carne. No próprio Senhor não havia pecado. Na Sua morte, Ele crucificou toda carne. Segundo Romanos 6:6, "foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos".

Na Sua ressurreição, Jesus foi designado Filho de Deus! Isso significa que o Senhor já não tinha nenhuma ligação com a carne. O problema da carne foi solucionado na cruz. Cristo não permaneceu na morte; antes, nosso Senhor venceu aquele que tem o poder da morte e ressurgiu!

Em suma, existem dois aspectos do evangelho de Deus com respeito ao Senhor Jesus. Primeiro, Ele sendo nascido de Maria, veio em carne, como um legítimo descendente de Davi. Nesse aspecto, em Sua morte na cruz, Ele resgatou-nos dos nossos pecados. Cumpriu a obra da redenção. Em segundo lugar, Ele foi gerado Filho de Deus em Sua ressurreição. Nesse aspecto, Ele pode liberar a vida de Deus aos que Nele creem.

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O Senhor Jesus é apresentado

Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus [ ... ] com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi. E foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor (Rm 1:1, 3-4)

2 Sm 12:7-14; 1 Cr 21:1-17; Mt 1:1, 16


Como vimos ontem, o evangelho diz respeito ao Filho Deus, Jesus Cristo. E esse evangelho tem dois aspectos: o Senhor vindo como descendente de Davi segundo a carne, e depois designado como Filho de Deus, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos (Rm 1:3-4).

No tocante à vinda do Senhor em forma humana, sabemos que Ele veio de Maria, não diretamente de Davi. Contudo Maria era descendente de Davi. Por isso Romanos registra que Ele era descendente de Davi.

Ao ler 2 Samuel, vemos que Davi era um homem segundo o coração de Deus. Todavia houve momentos em que Davi fracassou, cometendo pecados que desagradaram ao Senhor. Davi cometeu adultério com a mulher de Urias e, em seguida, mandou matá-lo, cometendo homicídio (2 Sm 11-12). Outro grande pecado cometido por Davi foi levantar o censo de Israel, contrariando a vontade do Senhor (1 Cr 21:1-17). A partir desses relatos, vemos que em Davi habitava uma natureza pecaminosa, que naturalmente fora transmitida aos seus descendentes.

Em Maria estava a mesma natureza pecaminosa vista em Davi, mas ela concebeu do Espírito Santo. Então o Senhor Jesus, como descendente de Davi segundo a carne por meio de Maria, tomou a semelhança da carne pecaminosa, mas sem pecado (Rm 8:3; Hb 4:15). Por outro lado, o Senhor também foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade, pela ressurreição.

Depois de conhecer a obra redentora do Senhor como um descendente de Davi, resgatando-nos do pecado, precisamos avançar na experiência cristã, experimentando-O como o Filho de Deus. O Senhor Jesus não é apenas o Filho do Homem, mas, segundo o espírito de santidade, foi designado Filho de Deus. Como tal, podemos receber Sua vida e crescer até à maturidade. Aleluia!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Paulo, servo chamado e separado

Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos (Gl 1:1)

At 2:21; Rm 1:1-4


O livro de Romanos localiza-se logo depois do livro de Atos dos Apóstolos, segundo a ordem que está na Bíblia. Entretanto, no aspecto cronológico, Romanos foi registrado após o apóstolo Paulo escrever a Segunda Carta aos Coríntios. Na Bíblia, primeiro temos os quatro evangelhos, seguidos por Atos e Romanos. Isso ocorre porque a ordem bíblica não é, necessariamente, uma ordem cronológica dos fatos.

Logo no início de Atos, no capítulo 2, encontramos o apóstolo Pedro pregando que "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (v. 21). Naquela ocasião, muitos foram salvos, batizados e começaram a pregar o evangelho. Hoje, nós que já invocamos o nome do Senhor precisamos nos dispor a pregar esse evangelho da graça a todas as pessoas e também o evangelho do reino aos filhos de Deus.

Ao lermos o capítulo 1 de Romanos, percebemos que logo no início Paulo se apresenta como "servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus" (1:1). Portanto o Senhor chamou Paulo, encarregando-o de um ministério e enviando-o como apóstolo aos gentios.

Os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas mostram o Senhor como Rei, Servo e Homem. Já no evangelho de João, o Senhor Jesus é mostrado como o Filho de Deus, que dispensa a vida eterna aos que creem Nele. O livro de Atos mostra a propagação do evangelho. No entanto Romanos nos apresenta um evangelho completo, que diz respeito ao Filho de Deus e Sua boa-nova. Esse evangelho fora outrora prometido por Deus, por intermédio dos profetas, nas Sagradas Escrituras (v. 2).

O significado da palavra evangelho é boas-novas. O evangelho é o próprio Filho de Deus. Jesus Cristo tornou-se nossa boa-nova! Desse modo, ao pregar o evangelho, estamos pregando o próprio Cristo! Foi para isso que Paulo foi chamado, para pregar o evangelho de Deus.

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

É segurança para vós outros (2)

Entretanto, vos escrevi em parte mais ousadamente, como para vos trazer isto de novo à memória, por causa da graça que me foi outorgada por Deus, para que eu seja ministro de Cristo Jesus entre os gentios, no sagrado encargo de anunciar o evangelho de Deus (Rm 15:15-16a)

Pv 27:7; Lc 1:53; Fp 3:1


Não devemos nos cansar de ouvir as mesmas palavras. Vimos que o nosso Deus tem como princípio repetir Suas palavras. No Novo Testamento temos os quatro Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Por que quatro biografias do Senhor Jesus, citando praticamente os mesmos fatos? Por que eles escreveram sobre os mesmos acontecimentos? Porque a repetição é necessária!

A repetição pode ser vista em todo tipo de vida. Até mesmo na criação temos ciclos repetitivos, como o sol nascer do lado leste e se por na posição oeste todos os dias e as estações se repetirem todos os anos. O objetivo de apresentarmos todos esses exemplos é para mostrar que não podemos permitir que esse tipo de conceito do "ah, de novo?!", ou "ah, vão falar a mesma coisa?!" retire o nosso desfrute na vida da igreja. Tudo depende da nossa atitude diante da Palavra de Deus. Se formos orgulhosos, nada se nos aproveitará, mas, se formos humildes, seremos saciados fartamente com as mesmas palavras (Lc 1:53; Pv 27:7).

Infelizmente, muitos deixam de participar das conferências bíblicas por pensar que serão faladas as mesmas palavras. Isso é agir como o filho que deixa de almoçar no "dia das mães" na casa dela, por saber que vai encontrar o prato que ela sempre prepara nessa ocasião. Quem procede assim, perde não somente o desfrute da Palavra, mas a esfera maravilhosa e o convívio entre os irmãos (SI 133).

Necessitamos mudar nossa atitude! O Senhor precisa nos libertar do conceito de não querer ouvir de novo as mesmas palavras. As mensagens podem ser sempre as mesmas, mas o falar de Deus é sempre fresco. Quando Deus repete algo, é segurança para nós (Fp 3:1)! Louvado seja o nosso Senhor!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

É segurança para vós outros (1)

Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor. A mim, não me desgosta e é segurança para vós outros que eu escreva as mesmas coisas (Fp 3:1)

1 Co 4:15; 2 Pe 1:12-15


Não podemos nos cansar de ouvir as mesmas palavras na vida da igreja. Pelo contrário, a repetição é segurança para nós! Falar as mesmas coisas é sinal de amor. Um pai e uma mãe sempre lembram o filho de levar um agasalho para não passar frio, indicando uma preocupação amorosa.

Para aqueles que não gostam de repetição, gostaria de fazer a seguinte pergunta: na Bíblia, existe repetição ou não? Lemos a Bíblia várias vezes, ela continua com o mesmo número de livros, capítulos e versículos. Embora leiamos a Bíblia ano após ano, ela nos é sempre nova, nos traz vida e revelação.

Deus é repetitivo ou não? No Antigo Testamento, temos um livro chamado Deuteronômio, que significa o "refalar de Deus", a repetição da lei. Deus já havia mandado Moisés escrever a lei e as ordenanças em livros como Êxodo e Levítico. Porém, em Deuteronômio, Deus ordenou a Moisés que escrevesse as mesmas palavras novamente. O fato de Deus pedir para registrar o mesmo conteúdo, mostra que Ele é um Pai para Seu povo.

Também temos 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, livros nos quais lemos as mesmas histórias. Porque houve a necessidade de registrar novamente o que aconteceu com alguns reis? Porque Deus é repetitivo, e isso é um princípio divino. Tomemos como exemplo a comida básica dos brasileiros: o arroz e o feijão. Será que nos cansamos de todos os dias tê-los sobre nossas mesas? Conhecemos vários brasileiros que, ao viajar para outros países, sentem saudades deles. O mesmo princípio vale para as verdades bíblicas que temos ouvido. Podemos dizer que invocar o nome do Senhor e negar a si mesmo são o nosso "arroz e feijão" espirituais. Aleluia! E nossa leitura do Alimento Diário? É como o nosso "pãozinho francês" de cada dia. Temos a sensação de que não podemos abrir mão disso.

Precisamos perceber que as palavras repetidas por aqueles que são experientes na obra do Senhor são segurança para nós. Esse é o sentimento que o apóstolo Paulo teve ao escrever sua carta endereçada à igreja em Filipos. Quando escreveu Filipenses, ele estava com a idade avançada. Ele agiu como um verdadeiro pai (Fp 3:1; 1 Co 4:15). Esse também foi o sentimento do apóstolo Pedro, em sua maturidade, já prestes a partir para o Senhor, de nos fazer lembrar acerca da presente verdade, mesmo já estando confirmados nela e de nos despertar a lembrança de tudo o que era importante ser lembrado (2 Pe 1:12-15).

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Esvaziar-se, Amar e voltar à Simplicidade

Receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompido a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo (2 Co 11:3)

Mt 7:21; Lc 6:46; 1 Co 8:1-3; 2 Co 5:17; Ap 21:5a


Os ministros da nova aliança são pessoas de atitude. O Evangelho de Mateus registra: ''Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (3:2). No passado, tínhamos esse versículo apenas como uma mudança de mente (metanóia em grego - meta = mudança e nóia = mente). Contudo esse versículo tem sido novo para nós, pois também tem trazido revelação quanto à mudança de atitude.

De nada adianta somente saber, por exemplo, que precisa fazer exercícios físicos para preservar a sua saúde. Tampouco basta ter o conhecimento que precisa fazer uma dieta. É preciso ter a atitude de fazer os exercícios regularmente e realizar a dieta (Lc 6:46; Mt 7:21).

Qual tem sido a nossa atitude quanto à Palavra de Deus que recebemos? Buscamos satisfazer a nossa necessidade mental ou desejamos alimentar nosso espírito? Em Mateus 5:3, lemos: "Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus". Esse versículo mostra que precisamos nos esvaziar diante do Senhor, dia após dia. Uma das características de um ministro da nova aliança é que ele se esvazia para sempre receber coisas novas do Senhor (2 Co 5:17; Ap 21:5a).

Ele também é uma pessoa que edifica com amor. Paulo disse: "No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos, reconhecemos que todos somos senhores do saber. O saber ensoberbece, mas o amor edifica. Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber. Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele" (1 Co 8:1-3). Nós precisamos do conhecimento, mas com humildade. O foco no saber traz soberba, críticas e autossuficiência, mas o amor edifica.

Um ministro deve sempre manter a simplicidade, conforme vemos na Palavra de Deus: "Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo" (2 Co 11:3). Precisamos ter o desejo de retomar à simplicidade e à pureza devidas a Cristo.

Com o passar dos anos, porque ficamos "sabidos demais", perdemos a simplicidade e nos tornamos orgulhosos. Já não somos mais pobres em espírito, já não somos tão amáveis e nos tornamos complicados. Essa postura não agrada ao Senhor.

Voltemos a ser pobres em espírito, a ser simples, amando o Senhor e as pessoas. Aleluia!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Ser um pai

Ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; pois eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus (1 Co 4:15). E sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória (1 Ts 2:11-12)

1 Co 9:1; 11:28; 1 Tm1:2


O ministro da nova aliança não deve ser somente um ministrador eloquente, mas deve ser como um pai, alguém que gera a vida de Deus nas pessoas e zela pela vida delas. O apóstolo Paulo disse aos coríntios: "Porque, ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; pois eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus" (1 Co 4:15).

O que é um preceptor? A palavra "preceptor" no grego quer dizer pedagogo. É um tipo de professor que ensina e que guia as crianças. Um pedagogo tem um sistema de educação que lhe oferece suporte para orientar seus alunos.

Um ministro da nova aliança não é somente um bom professor que sabe ensinar; ele precisa ser um pai, alguém que gera as pessoas. Precisamos de bons "professores" que manejam e ensinam bem a Bíblia, porém o que as igrejas precisam é de pais, ou seja, geradores e cuidadores dos irmãos. Os ministros da nova aliança precisam ser esses pais (Jo 21:15-17; 1 Tm 1:2).

Graças ao Senhor que na vida da igreja temos muitos pais que cuidam de nós, que nos fazem invocar o nome do Senhor e negar a nós mesmos. Os pais gostam de repetir, mas essa repetição é positiva, pois ela mostra cuidado e preocupação. Da mesma forma, nós, ministros da nova aliança, devemos ser esses pais, que se preocupam com os interesses do Senhor e de Seus filhos (1 Co 11:28; 1 Ts 2:11-12).

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Constituição e solidez

Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem (Hb 5:8-9)

Mt 16:24; Mc 4:33; Jo 3:8; 2 Co 11:23-27; Hb 4:12; 1 Pe 5:10

A terceira característica de um ministro da nova aliança diz respeito à sua constituição. Ele é constituído com a palavra viva de Deus e a transmite igualmente de maneira viva, seguindo a direção do Espírito e a necessidade dos que a ouvem (Hb 4:12; Jo 3:8; Mc 4:33).

Por exercer seus dons com a Palavra de Deus, no serviço aos santos e na oferta de riquezas materiais, o ministro ganha graça e, pela graça, seu dom exercitado torna-se ministério, ou seja, um serviço. Quanto mais o ministro de Deus pratica seu ministério, mais seu serviço pode ser usado por Deus e se tornar Suas operações.

A solidez e estabilidade são a quarta característica de um ministro da nova aliança, e são provenientes dos sofrimentos que ele passa ao longo de seu serviço a Deus (2 Co 1:6; 2:4; Cl 1:24; Hb 5:8-9; 1 Pe 4:19; 5:10). O apóstolo Paulo passou por muitas perseguições, rejeições, insinuações, calúnias, difamações e privações físicas (2 Co 11:23-27). Todas essas situações de pressão lhe produziram crescimento espiritual (4:17).

Assim como os apóstolos Paulo e Pedro, muitos servos de Deus passaram por muitas situações adversas, como perseguições e calúnias, porém não desanimaram em face dessas tribulações. E quanto a nós? Murmuramos pelas tribulações que passamos? Reagimos e condenamos os que nos oprimem? Caso a resposta seja positiva, isso mostra que ainda temos um longo caminho a percorrer. Sim, fomos habilitados para ser ministros da nova aliança, porém precisamos ser aperfeiçoados (2 Co 13:9b).

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Visão e comissão

Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial (At 26: 19). Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos (2 Co 4:1)

Mt 24:14; Fp 3:12; 1 Ts 2:7; Ap 22:3


Existem características que devem acompanhar um ministro da nova aliança, um servo de Deus. A visão e a comissão são duas delas. A visão está relacionada ao reino de Deus, ao Seu governo (At 26:19; Mt 24:14). Não se trata de uma visão superficial, mas está relacionada também ao mundo que há de vir, ao reino milenar (Hb 2:5; Ap 20:6). Paulo teve essa visão e, mesmo passando por situações extremamente difíceis, ele nunca desanimou (2 Co 1:8; 4:1; 6:4-5).

Quem nunca desanimou mediante as tribulações? No entanto, assim como Paulo e vários servos de Deus, que foram governados por uma visão prevalecente e foram fiéis a comissão que receberam, não podemos nos permitir desanimar; antes, devemos prosseguir, perseverar e executar aquilo que o Senhor confiou a nós.

A comissão nos fortalece a passar pelas tribulações. Uma ótima ilustração para isso é a figura da mãe. Digamos que uma mãe tenha cinco filhos pequenos; se essa mãe desanimar, seus filhos ficarão sem comida e passarão outras necessidades durante o dia. Em situações normais de saúde, dificilmente uma mãe deixa de cuidar de seus filhos por causa de desânimo. Em outras palavras, uma mãe não pode se dar o luxo de desanimar, pois tem a missão de mãe (1 Tm 2:15). O ministro da nova aliança necessita ter essa característica, essa comissão de mãe (1 Ts 2:7).

A comissão é para a vida inteira, sem direito à aposentadoria. Um servo de Deus jamais poderá se aposentar ou gozar de férias. Pelo contrário, precisa trabalhar muito para o Senhor nesta era, e, na vindoura, na volta do Senhor, será recompensado com mais trabalho ainda (Mt 25:21). Até mesmo na eternidade futura, na nova Jerusalém, nosso descanso será servir eternamente o Senhor: "Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão" (Ap 22:3). Nós vamos servir o Senhor pela eternidade. Esse é o nosso destino, nossa comissão.

(Palavra Extraída do Alimento Diário)

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Converte conhecimento em vida

O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica (2 Co 3:6). Tudo posso naquele que me fortalece (Fp 4:13)

Jo 15:16; 2 Co 12:1-4


Quando falamos que precisamos extrair vida dos escritos de Paulo, não significa que não precisamos do conhecimento registrado em suas epístolas. Nossa ênfase é converter o conhecimento em vida, ou seja, extrair vida da Palavra de Deus. É isso que o Senhor está nos ensinando.

O apóstolo Paulo recebeu visões e revelações do Senhor no terceiro céu sobre a economia neotestamentária de Deus (2 Co 12:1-4) e as registrou em suas catorze epístolas com o objetivo de que as próximas gerações recebessem o conteúdo dessas revelações.

Hoje, o Senhor quer fazer de nós ministros da nova aliança (2 Co 3:6). Todos podemos ser esses ministros. A questão é se cremos ou não. No vocabulário de Deus não existe a expressão "eu não posso" (Lc 1:37). Semelhantemente, todos nós podemos ele, pois é Ele quem nos fortalece (Fp 4:13).

Lemos em 2 Coríntios 3:5-6: "Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica". Era como se Paulo dissesse: "Eu preciso de vocês, os ministros da nova aliança, pois vocês não estão na letra, e sim no espírito". Não importa a idade e quanto tempo você tem desde que creu em Jesus. O fato é que fomos habilitados para ser ministros da nova aliança, e todos podemos dar frutos para o Senhor (Jo 15:16). Tudo o que precisamos é estar no espírito para extrair vida das Escrituras.

Nesta semana, abordaremos várias características para sermos esses ministros que frutificam para Deus.

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

Dons do Espírito

Em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito (1 Co 12:13)

1 Co 12:1-30


Em 1 Coríntios 12:4-6 temos os dons concedidos pelo Espírito, os ministérios (ou serviços) dados pelo Senhor e as operações (ou realizações) providas pelo Pai. Nos versículos seguintes vemos mais detalhes dos dons do Espírito: ''A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso". Nessa lista Paulo menciona a palavra da sabedoria; a palavra do conhecimento; a fé; dons de curar; operações de milagres; profecia; discernimento de espíritos; variedade de línguas; capacidade para interpretá-las. Mas "um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente" (vs. 7-11).

A partir do versículo 12 até o versículo 27, Paulo fala dos ministérios concedidos pelo Senhor aos membros do Corpo de Cristo. Como membros, todos somos importantes, porque fomos colocados no Corpo pela Cabeça e temos nossas funções. Nenhum membro deve considerar-se desnecessário nem comparar-se com outros membros que ele considere de maior valor: "Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se disser o pé: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser do corpo. Se o ouvido disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso deixa de o ser" (vs. 14-16). Igualmente nenhum membro deve achar-se suficiente e pensar que não precisa dos demais: "Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós" (v. 21). Por isso um membro tem de ajudar o outro a exercer seu ministério.

A partir do versículo 28 até o versículo 30, Paulo fala das operações: "A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos: em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura, são todos apóstolos? Ou, todos profetas? São todos mestres? Ou, operadores de milagres? Têm todos dons de curar? Falam todos em outras línguas? Interpretam-nas todos?". Naturalmente os itens citados aqui não esgotam toda a gama de funções e operações realizadas por Deus por meio dos membros. O fato é que o Senhor nos inseriu em Seu Corpo por meio do batismo e hoje, como membros, devemos exercer nossa função segundo a vida do Corpo, isto é, a vida divina que opera em nós.

Em suma, quando cremos no Senhor e somos regenerados, o Espírito Santo começa a trabalhar em nós, dando-nos dons. Conforme usamos esses dons, ganhamos mais graça. Desse modo, nosso dom torna-se ministério. O ministério é ligado ao Senhor e é exercido no Corpo. É o quanto do Senhor está constituído em nós. Assim, pouco a pouco, crescemos em vida, e Deus pode nos usar em suas operações na igreja. Pelo trabalhar do Deus Triúno em nós, somos aperfeiçoados para a edificação do Corpo de Cristo e Sua expressão na terra hoje. Louvado seja o Senhor!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A importância de invocar o nome do Senhor

À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso (1 Co 1:2)

1 Co 12:1-3


O capítulo 12 da Primeira Epístola aos Coríntios tem várias seções. A primeira seção é composta dos três primeiros versículos, estabelecendo um princípio básico quanto aos dons espirituais. No versículo 2 lemos: "Outrora, quando éreis gentios, deixáveis conduzir-vos aos ídolos mudos, segundo éreis guiados". Ser guiados por ídolos mudos torna-nos mudos também; porém, uma vez que a Palavra chegou até nós e a fé foi gerada em nosso interior, passamos a invocar o nome do Senhor; e "ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo" (v. 3). Portanto a Palavra, o crer, o Espírito e o invocar andam juntos.

Muitas pessoas que não compreendem a economia divina, ou o dispensar divino, sentem que falta algo na sua experiência. Sentem a necessidade de ter mais intimidade com o Senhor e ganhar mais Dele. Mas desconhecem essa prática muito simples que nos auxilia muito a ganhar mais do Senhor, ou seja, invocar: "Ó Senhor Jesus!".

Invocar esse nome maravilhoso nos faz voltar ao nosso espírito, que está mesclado com o Espírito de Deus, onde ocorre o Seu dispensar em nós. Se não estivermos no espírito, não falaremos que "Jesus é o Senhor" com realidade e, tampouco, invocaremos: "Ó Senhor Jesus!". Então invocar o Senhor nos faz voltar ao espírito, onde experimentamos as riquezas de Deus. Ele é rico para com todos os que O invocam (Rm 10:12).

Essas revelações e práticas estão nas palavras de Paulo e precisam ser abertas, reveladas, para que se tornem nosso suprimento. De acordo com 1 Coríntios 12 o ponto de partida para exercitarmos nossos dons é estar no Espírito. Outrora estávamos acostumados a adorar ídolos mudos, por isso éramos mudos. Hoje, porém, pela fé, podemos voltar ao Espírito em nosso espírito e invocar: "Ó Senhor Jesus!". Isso mostra a importância de invocar o nome do Senhor.

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)