segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Paulo, servo chamado e separado

Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos (Gl 1:1)

At 2:21; Rm 1:1-4


O livro de Romanos localiza-se logo depois do livro de Atos dos Apóstolos, segundo a ordem que está na Bíblia. Entretanto, no aspecto cronológico, Romanos foi registrado após o apóstolo Paulo escrever a Segunda Carta aos Coríntios. Na Bíblia, primeiro temos os quatro evangelhos, seguidos por Atos e Romanos. Isso ocorre porque a ordem bíblica não é, necessariamente, uma ordem cronológica dos fatos.

Logo no início de Atos, no capítulo 2, encontramos o apóstolo Pedro pregando que "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (v. 21). Naquela ocasião, muitos foram salvos, batizados e começaram a pregar o evangelho. Hoje, nós que já invocamos o nome do Senhor precisamos nos dispor a pregar esse evangelho da graça a todas as pessoas e também o evangelho do reino aos filhos de Deus.

Ao lermos o capítulo 1 de Romanos, percebemos que logo no início Paulo se apresenta como "servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus" (1:1). Portanto o Senhor chamou Paulo, encarregando-o de um ministério e enviando-o como apóstolo aos gentios.

Os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas mostram o Senhor como Rei, Servo e Homem. Já no evangelho de João, o Senhor Jesus é mostrado como o Filho de Deus, que dispensa a vida eterna aos que creem Nele. O livro de Atos mostra a propagação do evangelho. No entanto Romanos nos apresenta um evangelho completo, que diz respeito ao Filho de Deus e Sua boa-nova. Esse evangelho fora outrora prometido por Deus, por intermédio dos profetas, nas Sagradas Escrituras (v. 2).

O significado da palavra evangelho é boas-novas. O evangelho é o próprio Filho de Deus. Jesus Cristo tornou-se nossa boa-nova! Desse modo, ao pregar o evangelho, estamos pregando o próprio Cristo! Foi para isso que Paulo foi chamado, para pregar o evangelho de Deus.

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

É segurança para vós outros (2)

Entretanto, vos escrevi em parte mais ousadamente, como para vos trazer isto de novo à memória, por causa da graça que me foi outorgada por Deus, para que eu seja ministro de Cristo Jesus entre os gentios, no sagrado encargo de anunciar o evangelho de Deus (Rm 15:15-16a)

Pv 27:7; Lc 1:53; Fp 3:1


Não devemos nos cansar de ouvir as mesmas palavras. Vimos que o nosso Deus tem como princípio repetir Suas palavras. No Novo Testamento temos os quatro Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Por que quatro biografias do Senhor Jesus, citando praticamente os mesmos fatos? Por que eles escreveram sobre os mesmos acontecimentos? Porque a repetição é necessária!

A repetição pode ser vista em todo tipo de vida. Até mesmo na criação temos ciclos repetitivos, como o sol nascer do lado leste e se por na posição oeste todos os dias e as estações se repetirem todos os anos. O objetivo de apresentarmos todos esses exemplos é para mostrar que não podemos permitir que esse tipo de conceito do "ah, de novo?!", ou "ah, vão falar a mesma coisa?!" retire o nosso desfrute na vida da igreja. Tudo depende da nossa atitude diante da Palavra de Deus. Se formos orgulhosos, nada se nos aproveitará, mas, se formos humildes, seremos saciados fartamente com as mesmas palavras (Lc 1:53; Pv 27:7).

Infelizmente, muitos deixam de participar das conferências bíblicas por pensar que serão faladas as mesmas palavras. Isso é agir como o filho que deixa de almoçar no "dia das mães" na casa dela, por saber que vai encontrar o prato que ela sempre prepara nessa ocasião. Quem procede assim, perde não somente o desfrute da Palavra, mas a esfera maravilhosa e o convívio entre os irmãos (SI 133).

Necessitamos mudar nossa atitude! O Senhor precisa nos libertar do conceito de não querer ouvir de novo as mesmas palavras. As mensagens podem ser sempre as mesmas, mas o falar de Deus é sempre fresco. Quando Deus repete algo, é segurança para nós (Fp 3:1)! Louvado seja o nosso Senhor!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

É segurança para vós outros (1)

Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor. A mim, não me desgosta e é segurança para vós outros que eu escreva as mesmas coisas (Fp 3:1)

1 Co 4:15; 2 Pe 1:12-15


Não podemos nos cansar de ouvir as mesmas palavras na vida da igreja. Pelo contrário, a repetição é segurança para nós! Falar as mesmas coisas é sinal de amor. Um pai e uma mãe sempre lembram o filho de levar um agasalho para não passar frio, indicando uma preocupação amorosa.

Para aqueles que não gostam de repetição, gostaria de fazer a seguinte pergunta: na Bíblia, existe repetição ou não? Lemos a Bíblia várias vezes, ela continua com o mesmo número de livros, capítulos e versículos. Embora leiamos a Bíblia ano após ano, ela nos é sempre nova, nos traz vida e revelação.

Deus é repetitivo ou não? No Antigo Testamento, temos um livro chamado Deuteronômio, que significa o "refalar de Deus", a repetição da lei. Deus já havia mandado Moisés escrever a lei e as ordenanças em livros como Êxodo e Levítico. Porém, em Deuteronômio, Deus ordenou a Moisés que escrevesse as mesmas palavras novamente. O fato de Deus pedir para registrar o mesmo conteúdo, mostra que Ele é um Pai para Seu povo.

Também temos 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, livros nos quais lemos as mesmas histórias. Porque houve a necessidade de registrar novamente o que aconteceu com alguns reis? Porque Deus é repetitivo, e isso é um princípio divino. Tomemos como exemplo a comida básica dos brasileiros: o arroz e o feijão. Será que nos cansamos de todos os dias tê-los sobre nossas mesas? Conhecemos vários brasileiros que, ao viajar para outros países, sentem saudades deles. O mesmo princípio vale para as verdades bíblicas que temos ouvido. Podemos dizer que invocar o nome do Senhor e negar a si mesmo são o nosso "arroz e feijão" espirituais. Aleluia! E nossa leitura do Alimento Diário? É como o nosso "pãozinho francês" de cada dia. Temos a sensação de que não podemos abrir mão disso.

Precisamos perceber que as palavras repetidas por aqueles que são experientes na obra do Senhor são segurança para nós. Esse é o sentimento que o apóstolo Paulo teve ao escrever sua carta endereçada à igreja em Filipos. Quando escreveu Filipenses, ele estava com a idade avançada. Ele agiu como um verdadeiro pai (Fp 3:1; 1 Co 4:15). Esse também foi o sentimento do apóstolo Pedro, em sua maturidade, já prestes a partir para o Senhor, de nos fazer lembrar acerca da presente verdade, mesmo já estando confirmados nela e de nos despertar a lembrança de tudo o que era importante ser lembrado (2 Pe 1:12-15).

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)