terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A repetição como um princípio de Deus

Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor. A mim, não me desgosta e é segurança para vós outros que eu escreva as mesmas coisas (Fp 3:1)

At 2:47; 1 Co 4:15


Alguns irmãos desistem de frequentar as conferências por achar a palavra repetitiva demais no tocante a negar a vida da alma e invocar o nome do Senhor Jesus. É necessário esclarecermos que, por um lado, na igreja sempre haverá uma palavra nova; por outro, sempre será necessário falarmos sobre invocar o nome do Senhor e negar a vida da alma, porque isso é parte do ministério da nova aliança.

Invocar o nome do Senhor deve ser uma prática cotidiana, assim como comemos feijão com arroz diariamente. No Brasil, todos os dias as pessoas fazem isso e não enjoam do cardápio. De igual modo, invocar o Senhor é um hábito saudável que precisa ser parte do nosso viver. No salmo 116:2b lemos: "Invocá-lo-ei enquanto eu viver".

Vemos na Bíblia que Deus utiliza repetições para falar com Seu povo. No Antigo Testamento, há um livro chamado Deuteronômio, composto dos seguintes radicais: "deuteros", que significa segunda vez; e "nomos", que significa lei. Nesse livro, Deus estava repetindo as palavras da lei ditas nos livros de Êxodo e Levítico. O mesmo ocorre com os livros de Samuel, Reis e Crônicas. Já no Novo Testamento, vemos que os quatro evangelhos repetem os mesmos relatos. Paulo, em Filipenses 3: 1, diz: "Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor. A mim não me desgosta e é segurança para vós outros que eu escreva as mesmas coisas". Isso indica a repetição como um princípio de Deus, pois Ele deseja que ruminemos Sua palavra. Ouvir as mesmas coisas, principalmente sobre invocar o nome do Senhor e negar a vida da alma, é segurança para nós.

Devemos invocar o nome do Senhor não apenas ao nos deparar com situações difíceis, mas constantemente, por amarmos Sua presença. Precisamos praticar essa palavra; isso eu digo não na posição de um professor, mas como um pai, assim como Paulo se posicionou perante os coríntios: "Porque ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis contudo muitos pais. Pois eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus" (1 Co 4:15). Um preceptor é um professor. Ele ensina a lição aos alunos, mas não se preocupa se eles estão se alimentando adequadamente. É diferente da preocupação de um pai, que deseja que seus filhos estejam se alimentando, crescendo e aprendendo. Um pai cuida, alimenta e disciplina o filho porque o ama, ainda que para isso sejam necessárias repetições. A igreja precisa de mais pais e mães, pessoas aptas a servir a Palavra de Deus aos Seus filhos, a cada dia, de maneira agradável e nova. É a mesma palavra de sempre, o mesmo alimento espiritual, mas dispensado de modo atraente e refrescante. Se alimentarmos assim as pessoas que o Senhor nos confiou, Ele certamente nos acrescentará frutos e aumentará o número dos que forem sendo salvos (At 2:47).

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)