sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O primeiro aspecto da salvação

Nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho (Rm 5:10a)

Rm 5:1; 8:1, 17, 19

No versículo 15 de Romanos 8 lemos: "Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai". Segundo o original grego, a palavra "adoção" nesse versículo é huiothesía, que é mais bem traduzida por "filiação". Quando nascemos de novo, recebemos a vida eterna, que nos permite chamar Deus de Pai: "Aba, Pai!".

No versículo 16 temos: "O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus". Ainda que o inimigo venha nos acusar quando erramos, há um testemunho dentro de nós: "Você é um filho de Deus"! O Senhor veio da descendência de Davi para tratar com a nossa natureza caída. Basta nos arrepender e pedir perdão a Ele. Se ainda somos crianças espiritualmente, não fiquemos desencorajados, pois somos também herdeiros (v. 17). Precisamos nos dar conta de que somos herdeiros, vamos herdar o reino de Deus. Por isso precisamos permanecer na vida da igreja, exercitar o espírito, invocando o nome do Senhor, negar a vida da alma, servir o Senhor, pregar o evangelho do reino, desfrutar a Palavra do Senhor e espontaneamente cresceremos na vida divina.

A salvação de Deus, apresentada em Seu evangelho, tem dois aspectos importantes. O primeiro é a redenção judicial, pois tem a ver com a solução de um problema legal, isto é, relacionado à Lei de Deus. O segundo é a salvação orgânica, que diz respeito à nossa contínua salvação por meio da vida divina. Nos versículos 10 e 11 de Romanos 5, temos esses dois aspectos. No lado judicial, os pecadores têm um "processo" na justiça que precisa ser quitado. Deus quer fazer de todo homem Seu filho; para tal, Ele quer dar Sua vida aos homens. Mas, antes de fazer isso, é necessário resolver esse problema legal, chamado pecado. Deus, por ser santo e puro, não podia aproximar-se de nós, pecadores. A lei de Deus do Antigo Testamento é muito severa e mostrava que o homem pecador tinha um problema com a justiça de Deus. Romanos 8:3-4 diz: "Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito". Se recorrermos ao original grego, a palavra "preceito" corresponde aos justos requisitos da lei, ou às justas exigências da lei. Ou seja, a lei de Deus tem uma exigência, uma demanda, uma cobrança. Quem consegue satisfazê-la?

Todos nós pecamos e, segundo a lei, o salário do pecado é a morte (6:23). Quem consegue se livrar disso? Deus quer nos dar Sua vida, mas Sua lei se põe no caminho. Por isso Ele enviou Seu Filho, Jesus Cristo, para cumprir a lei e tirar do caminho a cobrança da lei, a fim de que pudéssemos receber a vida divina. Em Romanos 5:10 vemos que "se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida". Estávamos distantes de Deus, éramos Seus inimigos, pecadores e rebeldes. O Senhor Jesus, entretanto, mediante Sua morte, nos reconciliou com Deus. Dessa forma, a parte legal, judicial, foi satisfeita, pois a morte de Jesus cumpriu para Deus todos os justos requisitos da lei (Hb 9:22). Visto que Cristo morreu em nosso lugar, quando aceitamos o que Ele fez por nós, para Deus é como se nós tivéssemos morrido. Assim, mesmo que alguém tenha sido o pior inimigo de Deus, quando invoca o nome do Senhor, se arrepende de Seus pecados e crê Nele, tudo o que Deus fez por meio de Jesus se aplica a esse pecador. A cruz, a morte do Senhor, nos reconciliou com Deus. Esse é o primeiro passo da reconciliação: estamos em paz com Deus e fomos justificados (Rm 5:1).

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

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