quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A esperança da glória

Aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória (Cl 1:27)

Lc 7:47; Rm 2:29; 3:10-18; 4:17-18


O Senhor quer nos restaurar interiormente, pois o que importa para Ele é obtermos a realidade do espírito, não a aparência da letra (Rm 2:29). Mesmo que aparentemente alguém se considere uma boa pessoa, é impossível ostentar a condição de "justo" à luz do evangelho, pois na Palavra é dito que não há justo, nem um sequer (3:10). Isso se refere à nossa verdadeira condição humana, que precisamos reconhecer.

Os versículos seguintes descrevem uma situação extremamente negativa, que não nos remete só ao passado, quando ainda não críamos no Senhor, mas também aos dias de hoje, pois serve como um espelho refletindo as ocasiões em que permitimos que a vida da alma nos domine (vs. 11-18). Quando admitimos, sinceramente, que essa é a nossa condição humana decaída, valorizamos a graça de Deus ao nos redimir.

Quem não conhece a si mesmo também não reconhece o valor da redenção de Cristo. O Evangelho de Lucas descreve o arrependimento da mulher pecadora, que chorou aos pés do Senhor Jesus. Por conhecer a própria condição decaída, ela valorizou o Senhor ao extremo. Como resultado, obteve não somente o perdão dos pecados, mas um testemunho do Senhor a seu respeito, nas seguintes palavras: "Perdoados lhes são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama" (Lc 7:47). Quanto mais reconhecemos nossa necessidade de arrependimento e perdão, mais valorizamos a promessa de Deus, que é o evangelho.

A promessa de Deus é para nos salvar de cada uma das descrições citadas em Romanos 3:10-18. O evangelho é destinado a todos os homens, por isso podemos ter esperança. No Antigo Testamento, Abraão creu na promessa do Deus que vivifica os mortos e traz à existência as coisas que não existem. Ele creu contra a esperança, experimentando Deus de uma maneira viva (4:17-18). É nesse mesmo Deus que cremos hoje: Ele não é comum, mas extraordinário. Por isso, há esperança para nós! Se, por exemplo, não existe amor no viver familiar, temos o Deus que é amor e que traz à existência as coisas que não existem. Se estivermos desanimados pelas dificuldades, creiamos na promessa de Deus, de que Ele nos levará à glória; visto que Cristo em nós é a esperança da glória (Cl 1:27), é possível avançar até lá. Quando cremos, permitimos que Deus opere. Quando cremos, Ele pode agir em nós. Por isso quem crê no poder do evangelho tem esperança. Aleluia!

(PS: Palavra Extraída do Alimento Diário)

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